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Discurso "I have a dream" completa 60 anos com distanciamento da igualdade racial nos EUA

Após 60 anos do discurso "I Have a Dream" de Martin Luther King Jr., a igualdade racial nos EUA continua distante, evidenciada por desafios como racismo sistêmico e brutalidade policial.

28 Ago 2023 - 11h50 | Atualizado em 28 Ago 2023 - 11h50
Discurso 'I have a dream' completa 60 anos com distanciamento da igualdade racial nos EUA Lorena Bueri

O icônico discurso "Eu Tenho um Sonho", proferido por Martin Luther King Jr., comemora seu 60º aniversário evocando reflexões sobre o progresso alcançado, mas também destacando a persistência de desigualdades nos Estados Unidos.

Ativista incansável pelos direitos civis da população afrodescendente norte-americana, Martin Luther King Jr. compartilhou sua visão de um país livre de segregação racial no histórico discurso de 28 de agosto de 1963. Seu sonho, no entanto, foi interrompido tragicamente cinco anos mais tarde por um ato de violência.

Para marcar esse marco significativo, o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris convidaram os filhos de King e os organizadores remanescentes da marcha original para uma recepção comemorativa no Salão Oval da Casa Branca. Além disso, uma congregação de cerca de 200 mil pessoas se reuniu no Lincoln Memorial, em Washington D.C., no último sábado (26), celebrando o legado duradouro do discurso.

No pronunciamento de 1963, Martin Luther King Jr. expressou seu desejo de um futuro igualitário, mas o caminho desde então tem sido complexo. Apesar dos avanços, a igualdade racial ainda é um ideal não totalmente alcançado nos Estados Unidos.


Dr. Martin Luther King Jr. discursando para uma multidão composta por 25.000 pessoas durante marcha em Montgomery, Alabama - 25/03/1965 

Dr. Martin Luther King Jr. discursando para uma multidão composta por 25.000 pessoas durante marcha em Montgomery, Alabama - 25/03/1965 (Foto: reprodução/Stephen F. Somerstein/Getty Images) 


Um olhar sobre a atualidade: reflexões e desafios contínuos

O evento de celebração não apenas honra o discurso icônico, mas também oferece um momento de reflexão sobre as questões persistentes que afetam a sociedade atual. Oradores durante o evento enfatizaram a contínua prevalência de abusos dos direitos civis e instaram ações contra o racismo sistêmico, o discurso de ódio, os crimes de ódio, a brutalidade policial, a violência armada, a pobreza e a perda dos direitos reprodutivos.

Destaque também foi dado ao aumento de oradoras mulheres em comparação com a marcha original em 1963, quando apenas uma mulher teve a oportunidade de falar ao microfone. Esse desenvolvimento destaca a evolução da representação e da inclusão nos espaços públicos.

Para abordar as reivindicações contemporâneas e promover mudanças, líderes organizadores da celebração se reuniram recentemente com autoridades, incluindo o procurador-geral Merrick Garland e a procuradora-geral assistente Kristen Clarke. Os temas abordados variaram desde a violência policial até o direito de voto.

Contexto atual além do aniversário

A celebração deste aniversário histórico é contextualizada por eventos atuais, como o trágico crime de ódio ocorrido em Jacksonville, Flórida, onde três indivíduos negros perderam a vida. Martín Luther King III fez uma conexão entre essa tragédia e o atentado à Igreja Batista em Birmingham, Alabama, que resultou na morte de quatro meninas negras. Esses eventos, separados por décadas, destacam que apesar dos progressos, desafios persistem e a jornada rumo à igualdade está em curso.

Em suma, o discurso "Eu Tenho um Sonho" permanece um farol de esperança e um lembrete das aspirações de justiça e igualdade. Enquanto se celebra seu 60º aniversário, o compromisso contínuo com a busca de igualdade e a superação das barreiras existentes é um testemunho do poder duradouro das palavras de Luther King.

 

Foto destaque: Martin Luther King Jr. durante seu discurso "I have a dream" e, evento para defensores dos direitos civis em frente ao Lincoln Memorial em 28 de agosto de 1963. Reprodução/Associated Press

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