O brasileiro Eduardo Ferro está despontando na indústria do cinema internacional como diretor e produtor. Responsável por dirigir o filme “The Game Masters” e produzir o longa “O Faixa Preta”, que conta a história de Fernando Tererê (bicampeão mundial de jiu-jitsu), o cineasta abre seu processo criativo e revela querer abrir mais espaço para artistas e profissionais da sétima arte brasileiros em Hollywood.
Foto.Reprodução/Instagram
Antes de lançar seus primeiros filmes, Eduardo Ferro estudou cinema no conceituado LAPAC (Los Angeles Performance Arts Conservatory) e, após se formar, atuou como diretor e produtor de videoclipes de artistas como Felp 22, Cacife Gold, Costa Gold e outros artistas de música no Brasil e nos Estados Unidos, trazendo consigo a linguagem do cinema para o storytelling e produção desses clipes.
Processo criativo
O cineasta revela de onde vêm as suas maiores inspirações. “Minhas referências e fonte de inspiração estão na minha admiração pelo trabalho de grandes diretores como Stanley Kubrick, Woody Allen e Christopher Nolan. O que todos esses diretores conseguiram provar com a sua obra é que é possível se fazer um grande filme envolvente e divertido ao mesmo tempo, mas acima de tudo, que consegue falar algo sobre o mundo em que vivemos. E isso é muito importante para mim. Filmes que discutem nossos medos e o porquê de eles existirem, assim como aqueles que usam a autocrítica ao nosso modo de vida atual como ferramenta narrativa são incrivelmente corajosos e interessantes.”
Eduardo em um estúdio. Foto: Reprodução/Instagram
Eduardo Ferro revela ter um processo criativo e metodologia de trabalho bastante dedicada e cartesiana. “Eu gosto de focar em um trabalho de cada vez. Não parto para outro projeto enquanto eu não concluir o projeto anterior. Eu dou 100% de mim e da minha vida. Inclusive deixei de pegar outros projetos e oportunidades esse ano para poder focar no que já está em andamento. Pode ser uma coisa que quando eu ficar mais velho e mais experiente eu até aceite projetos simultâneos, mas por ora, prefiro manter assim.”
Quanto aos fatores determinantes na escolha de um projeto, o jovem diretor revela qual a sua maior motivação. “Quando eu me envolvo em algum projeto no cinema, quero que seja mais do que somente entretenimento, mas que agregue valor para a sociedade e tragam de alguma maneira mudanças positivas. No meu filme “The Game Master”, abordamos a questão do tráfico de pessoas, em especial de mulheres. Já em “O Faixa Preta” a crítica social é direcionada para a questão das drogas, ao crime. No filme que fala sobre a vida do Fernando Tererê eu comecei no projeto como investidor, mas me apaixonei pela proposta e acabei tendo a oportunidade de também produzir o filme, o que foi para mim uma grande escola em todos os sentidos.”
Brasil em Hollywood
Eduardo Ferro também revela que tem como objetivo que o seu trabalho, de algum modo, possa abrir caminho para novos talentos brasileiros nos Estados Unidos. “Quero ver mais do nosso país no cinema norte-americano e internacional. Trazer o Brasil para Hollywood, e vice versa, é um dos meus objetivos como diretor e produtor de cinema aqui nos Estados Unidos. Temos atores incríveis no Brasil, que estão buscando e conquistando espaço no cinema internacional. Agora, quero poder contribuir, de alguma maneira, para que outros profissionais talentosos do Brasil tenham também oportunidades de brilhar no cinema. Hollywood está mais do que nunca aberta a talentos internacionais e para a diversidade”, conclui.
Destaque. Reprodução/Instagram