Nesta sexta-feira (20), Comandantes das Forças Armadas irão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para apresentar relatório de trabalho. Também na reunião, propõem-se desvincular, no plano institucional, após atos golpistas que arruinaram as sedes dos Três Poderes no último dia 8.
Ataques que aconteceram em Brasília no dia 8, fizeram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva achar que era "o começo de um golpe".
Atos golpistas em Brasília em 8 de janeiro (Foto:Reprodução/Sérgio Lima/AFP)
Segundo interlocutores, a ideia dos comandantes é passar o recado que "as Forças Armadas têm mais coisas para dizer".
A tentativa ocorre em meio a cobrança e também as pressões públicas do presidente Lula, que já falou que as portas do Planalto foram abertas aos terroristas.
Nas Forças Armadas, o propósito é se desprender desse movimento golpista e mostrar que eventuais colaboradores não representam todos os militares, ou seja, que foram casos isolados e serão punidos.
Lula disse que as Forças Armadas têm um papel na Constituição que é a defesa do povo.
Só Lula tem dado declarações públicas sobre os militares desde os ataques golpistas. José Múcio Monteiro, que é o ministro da Defesa, não tem dado entrevistas, uma tática para evitar desentendimentos e desarmonia no discurso.
O ministro da Defesa têm falado à interlocutores que os militares só querem virar a página após atos golpistas, mesmo que no cenário jurídico militar, ainda tenha muito caminho pela frente para punir os "colaboradores" do terrorismo.
"Temos que virar a página do dia 8 de janeiro", essa é a frase corrente no meio militar. Alguns militares já foram presos, porém foram os Militares da reserva das Forças Armadas que estimularam os ataques golpistas contra as sedes dos Três Poderes no dia 8.
Além do capitão da reserva, Nader Luís Martins, outros militares das Forças Armadas, da ativa e aposentados também foram presos durante os atos terroristas na capital federal.
Foto Destaque: Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Reprodução/EVARISTO SA