Um levantamento feito por entidades do setor industrial será apresentado nesta quinta-feira (18), em Brasília, ao Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Este levantamento mostra que, em 2022, o Brasil registrou um prejuízo total de 453,5 bilhões de reais, por consequência do mercado ilegal.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), e as federações estaduais das indústrias de São Paulo (Fiesp), e do Rio de Janeiro (Firjan), foram os realizadores do estudo chamado de Brasil Ilegal em Números.
Brasil perdeu 453,5 bilhões de reais (Vídeo: reprodução/G1 Globo)
Frutos do prejuízo
O montante de 453,5 bilhões de reais, segundo o estudo, é fruto de prejuízos, em cujos âmbitos se incluem, contrabando, roubo, pirataria, furto de serviços públicos, fraude fiscal, e sonegação de impostos.
Segundo Carlos Erane de Aguiar, os números presentes no levantamento, exibem um desastre nacional, de forma a atingir os cidadãos e os governos. “A cifra de cerca de 453 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e união, são recursos que equivalem a todo PIB do estado de Santa Catarina, exemplificando, a CNI, Fiesp e Firjan chamam atenção para essa calamidade”, argumentou o diretor da Fiesp e Firjan.
Impactos do prejuízo
Ainda de acordo com o que foi apontado no levantamento, dentre os principais impactos do mercado ilegal, estão:
Cerca de 15 setores econômicos afetados;
Cerca de 370 mil trabalhos que deixaram de ser gerados;
136 bilhões de reais não foram arrecadados em impostos;
6,3 bilhões de reais não foram arrecadados por causa de conexões clandestinas na energia;
14 bilhões de reais que não foram arrecadados por causa de ligações clandestinas de água.
“É notório que a atuação do mercado ilegal é um problema não apenas para a indústria, mas para toda a sociedade, é responsável por um gerador de perdas, danos e violência criminal”, afirma o estudo.
Durante o levantamento, também foi levado em consideração, a entrada de produtos ilegais no Brasil, produtos esses, com origem internacional. Conforme o estudo, em 2023, foram feitas 17,6 mil operações pela Receita Federal, visando o combate a crimes, como, o contrabando, e a importação irregular de mercadorias.
Foto Destaque: TV boxes clandestinas apreendidas pela Receita (Reprodução/Divulgação/O Globo)