Na primeira fase do Desenrola Brasil, os bancos já renegociaram mais de 2 milhões de contratos negativados em 10 semanas, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que anunciou os resultados nesta segunda (25). No total, mais de 1,5 milhão de clientes foram beneficiados com o programa.
A adesão ao Desenrola Brasil irá até 31 de dezembro deste ano. O programa é uma promessa de campanha do presidente Lula (PT), visando a diminuição da quantidade de famílias negativadas.
Desenrola Brasil negocia valor recorde
De acordo com a federação, R$ 14 bilhões foram negociados exclusivamente pela Faixa 2 — que tem intenção de renegociar as dívidas de pessoas físicas negativadas até 31 de dezembro do ano passado, e que possuam renda de até R$ 20 mil reais.
O programa de descontos foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas. A ideia principal é diminuir a quantidade de pessoas na lista de negativados e devolver o potencial de consumo para a população.
Segunda etapa do programa Desenrola Brasil já está disponível para os devedores. (Foto: Reprodução/GOV.br)
Instituições “perdoam” dívidas de até R$100
Ainda de acordo com a Febraban, as instituições financeiras limparam o nome de mais de 6 milhões de clientes com dívidas bancárias de até R$ 100 reais — uma compensação para à participação dos bancos no programa. Isso significa que, se o inadimplente não tinha outros débitos, ficou com o "nome limpo" no sistema de proteção ao crédito.
Em nota, a Febraban destaca que “os bancos estão envolvidos na concepção e no desenvolvimento do Programa Desenrola Brasil desde o início. É interessante ressaltar que o programa cumpre um papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras
O Ministério da Fazenda projetava que 1 milhão de pessoas poderiam ser contempladas por essa medida, mas essa meta foi ultrapassada logo na primeira semana do programa. Vale lembrar que essa medida não significa um perdão da dívida. O débito continuará existindo, mas os bancos se comprometeram a não incluir essas dívidas no cadastro negativo.
Foto destaque: Desenrola Brasil. Reprodução: Agência Brasil