As buscas pelo jornalista Dom Phillips, colaborador do jornal ‘The Guardian’, e pelo servidor licenciado da Funai Bruno Pereira chegam ao quarto dia nesta quinta-feira (9). Eles desapareceram enquanto navegavam pelo Vale do Javari, território indígena no Amazonas, no último domingo (5).
Após denúncias anônimas de uma suposta participação no desaparecimento, foram feitas buscas na casa de Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “pelado”, que foi preso, nesta quarta-feira (8), com munições de uso restrito, chumbinhos e uma substância entorpecente. Ele ainda terá uma audiência de custódia hoje e nega qualquer relação com o sumiço dos dois homens.
O Vale do Javari, onde os dois desapareceram, é uma terra indígena localizada nos municípios de Atalaia do Norte e Guajará, no oeste do estado do Amazonas e que tem sido palco de conflitos relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e ao garimpo ilegal.
Vale do Javari. (Foto: Reprodução/Amazônia Real/Flickr)
O desaparecimento foi divulgado na segunda-feira (6) pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI).
Segundo o texto da Univaja, Dom Phillips e Bruno Pereira foram visitar a equipe de Vigilância Indígena próxima ao Lago do Jaburu, que fica perto da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí, com o objetivo de fazer entrevistas com alguns indígenas da localidade. Mas eles não chegaram ao destino.
A operação em busca dos desparecidos conta com o apoio de: Exército, Marinha, Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e Polícia Federal (PF). Cerca de 250 pessoas estão trabalhando no caso, dentre eles estão militares especialistas em operações em ambiente de selva que conhecem o local das buscas, além de, duas aeronaves, três drones e 20 viaturas que foram deslocadas ao município para auxiliar nas investigações.
Foto Destaque: Jornalista britânico Dom Phillips, e indigenista brasileiro Bruno Pereira estão desaparecidos há quatro dias no Amazonas. Reprodução/ Brasil de Fato