O deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP), conhecido como Delegado Da Cunha, foi alvo de uma medida protetiva emitida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) em favor da nutricionista Betina Grusiecki. A medida foi tomada após a nutricionista registrar um boletim de ocorrência acusando o deputado de cometer lesão corporal, ameaças, injúria e atos de violência doméstica contra ela.
Além de ser deputado, Da Cunha é um influenciador digital com um canal no Youtube. Segundo a descrição do canal, ele aborda documentários sobre a rotina da Polícia Civil de São Paulo no combate ao crime organizado e às facções criminosas. Em relação às acusações que pesam contra ele, o deputado nega veementemente todas elas.
Deputado Da Cunha e sua esposa Betina Grusiecki (Foto: reprodução/G1)
Medidas protetivas
As medidas protetivas em favor de Grusiecki são baseadas na Lei Maria da Penha e têm como objetivo resguardar a integridade e o bem-estar da vítima. Como parte dessas medidas, determina-se que Carlos Alberto da Cunha deve manter distância do apartamento que compartilhava com a nutricionista. Para garantir a efetivação dessa ordem, torna-se necessário que uma terceira pessoa retire seus objetos pessoais do local.
Além disso, as medidas estabelecem um limite mínimo de 300 metros que o deputado deve manter em relação à Betina Grusiecki. Isso impede qualquer tipo de contato direto ou indireto com a vítima, abrangendo meios de comunicação e redes sociais.
Essas medidas protetivas permanecerão em vigor por um período de 90 dias, contados a partir de sua implementação. Em caso de não cumprimento das disposições estabelecidas, Carlos Alberto da Cunha estará sujeito à prisão em flagrante delito ou, até mesmo, à decretação de prisão preventiva, visando garantir a eficácia das medidas protetivas.
Sigilo judicial
O caso permanece sob sigilo judicial, aguardando futuros desdobramentos e investigações. Essa decisão do sistema judiciário visa assegurar a segurança e o bem-estar de Betina Grusiecki, enquanto o processo segue em andamento, sob a condução das autoridades competentes.
A Lei Maria da Penha foi criada em 2006 e visa proteger mulheres da violência doméstica e familiar. Maria da Penha, bioquímica que sofreu agressões do cônjuge por 23 anos, teve a lei de proteção à mulher nomeada em sua homenagem. Hoje, Maria da Penha encontra-se paraplégica, resultado de uma tentativa de homicídio por parte do seu marido, Marco Antônio Heredia Viveros, que alvejou Maria pelas costas.
Foto Destaque: Deputado Da Cunha e a nutricionista Betina Grusiecki. Reprodução/G1