Nesta terça-feira (22), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou que até o momento, não há conversas sobre adiamento das eleições no Rio Grande do Sul, dizendo que as enchentes não trouxeram grande prejuízo estrutural ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Após as grandes chuvas devastando grande parte do estado, a possibilidade do adiamento das eleições municipais no Rio Grande do Sul está sendo ventilada. Porém, não há previsão da alteração das datas, segundo o TSE.
Adiamento
“Não há nenhuma previsão, nenhuma discussão de qualquer adiamento das eleições no Rio Grande do Sul. Estamos em maio, todas as providências estão sendo tomadas para, se não o retorno total, mas que haja o retorno mínimo da rotina. Não houve, até o momento, nenhum dano estrutural no Tribunal Regional Eleitoral ou nos juízos eleitorais que impeça a realização das eleições no Rio Grande do Sul. Vamos contabilizar as urnas que sofreram avarias, temos as urnas em depósito e temos todas as condições para garantir a realização das eleições”, disse Alexandre Moraes.
Eduardo Leite (Reprodução/Gustavo Mansur/Palácio Piratini)
No entanto, o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB) argumenta que o adiamento das eleições no RS tem que ser ao menos discutido.
“Junho já é um momento pré-eleitoral e em julho se estabelecem as convenções. É um debate pertinente. O estado estará em reconstrução, ainda em momentos incipientes, em que trocas de governos municipais podem atrapalhar esse processo. O próprio debate eleitoral pode acabar dificultando a recuperação”, justificou o governador.
Reserva
O nível do rio Guaíba, no Rio Grande do Sul, caiu para menos de 4 metros pela primeira vez desde o início de maio, apontando para uma normalização, embora ainda demorada. A pequena melhora que o nível das águas no RS apresentam, somado ao fato de que o TSE já ter afirmado que existem urnas suficientes armazenadas para atender as áreas atingidas pelas enchentes, indica que não haverá adiamento das eleições.
No depósito de Porto Alegre, havia aproximadamente 15 mil urnas, mas apenas 5 mil seriam usadas nas eleições de 2024, as demais sendo modelos antigos já substituídos. A maioria dessas 5 mil urnas, estão guardadas em lugares altos, o que ajuda para não serem afetadas pelas enchentes.
Foto Destaque: Alexandre de Moraes (Reprodução/TSE/Secom/Luis Roberto)
