Segundo o sistema de monitoramento de ameaças da ISH Tech, milhões de dados de brasileiros estão à venda da “deep web”, a tão chamada submundo da internet. Foi anunciado que dados retirados do Sistema Integrado de Administração de Pessoal (SIAPE) e 600 gigabytes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) foram postos para serem vendidos.
A deep web, sendo traduzida como a “internet profunda”, é uma zona da rede que possui um difícil acesso, isso também dificulta que a detectem. É composta por vários sites, fóruns e comunidades, aos quais variam desde discussões sobre ilegalidades até vendas anormais. É um lado mais conhecido por jovens, onde muitas das vezes acabam entrando por forma de curiosidade e caem nos golpes de roubo de dados. A moeda para compra e venda do local é, normalmente, o bitcoin.
Níveis da Internet (Foto: Reprodução/ACESSA)
O vazamento de dados para a deep web acontece em casos como: uso da mesma senha em diferentes sites; preenchimento dados em plataformas suspeitas; acesso em Wi-fi desconhecido; ingresso em links diferentes. Entretanto, há informações que desta vez, os dados vazados para serem vendidos vieram de servidores públicos, como o SIAPE, que é um número de identificação dos servidores públicos federais brasileiros ou seus pensionistas; além do SPC, um banco de dados que reúne informações de todo o comércio do país.
A cibersegurança feita pelo sistema de monitoramento de ameaças da ISH Tech, uma empresa especializada nesse trabalho, relatou que está a venda, junto com os nomes dos cadastros no SIAPE e SPC, o número de telefone e endereço das pessoas com os dados vazados, além dos dados bancários, renda dos servidores e documentos pessoais. O valor pedido para cada dado é de US$ 650, o pagamento deve ser realizado em bitcoins, que são criptomoedas livres e descentralizadas, feita para transações eletrônicas. Atualmente, um bitcoin vale cerca de R$ 117.835,32.
Foto Destaque: Deep Web. Reprodução/Tentulogo