Segundo a CNN, de 64 universidades federais procuradas para enviar dados a respeito de denúncias de assédio sexual, 8 ignoraram as solicitações ou mandaram informações inconsistentes com os pedidos feitos.
Essas oito universidades não forneceram as informações solicitadas pela Lei de Acesso à Informação (LAI). Algumas rejeitaram o pedido do primeiro contato, como a Universidade Federal de Santa Catarina, e outras informaram estar com problemas interno, como a Universidade de Brasília, que afirmou que os servidores profissionais e administrativos que respondem por esse tipo de investigação estavam em greve.
Saiba as universidades que não apresentaram os dados
Não apresentaram os dados, ou enviaram informações diferentes das solicitadas, as seguintes universidades:
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
Universidade de Brasília (UnB);
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA);
Universidade Federal de Alagoas (UFAL);
Universidade Federal de Viçosa (UFV);
Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar);
Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Campanha contra o assédio nas universidades. (Foto: Reprodução/Vermelho)
64 universidades federais do Brasil inteiro que contam com um canal de solicitação de acesso à informação através do FalaBR, plataforma disponibilizada pela Controladoria-Geral da União para pedidos em balcão único da LAI, foram contatadas pela empresa, que desde julho de 2022 coleta informações sobre casos de assédio denunciados em universidades. Foram realizados, em junho deste ano, novos pedidos para atualização de informações a respeito dos números de denúncias realizadas por alunos contra os professores.
Saiba o que as universidades estão alegando
De maneira geral, as universidades alegaram que repassar informação desse tipo contrariava a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ou que não há estrutura adequada para fazer a coleta dos dados solicitados.
Durante a investigação, na primeira solicitação da CNN por informações em julho de 2022, a Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, chegou a decretar um sigilo das informações de 100 anos. Já em junho deste ano, a universidade revisou o sigilo e disponibilizou as informações.
Foto Destaque: Mulher sentada no corredor de uma universidade. Reprodução/AndreaObzerova/iStock via Super Interessante