Desde a sua derrota nas urnas na eleição presidencial, o atual Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), adotou uma posição de silêncio e isolamento, passando a ser duramente criticado pelo integrantes da ala política do governo e membros da cúpula do PL, seu partido. É consenso entre os apoiadores que o presidente precisa trabalhar para seguir como principal figura de oposição ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A queixa generalizada é que não há condução e nem posicionamento por parte de Bolsonaro sobre tema algum.
A avaliação do grupo é que se Bolsonaro não se movimentar logo pode cair no ostracismo e perder boa parte do apoio que capitalizou. A decisão de não ir ao G20, na Indonésia, foi considerada pelos aliados de primeira ordem de dentro e fora do governo, um erro. Para eles, a última agenda internacional de Bolsonaro como chefe do Executivo deveria ter sido utilizada para se contrapor ao novo presidente eleito, Lula, que seguiu para a COP27, no Egito, nesta segunda-feira.
Presidente Jair Bolsonaro. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Para a cúpula do PL, o presidente já deveria estar se manifestando publicamente contra posicionamentos do governo Lula, e respondendo as críticas que o petista dirigiu a ele em discursos recentes.
Em uma fala na quarta-feira (09), Lula disse que “cabe ao presidente reconhecer sua derrota, fazer sua reflexão, e se preparar para daqui uns anos concorrer outra vez.”
Desde que perdeu a eleição no dia 30 de outubro, Bolsonaro está recluso no Palácio da Alvorada e não aparece no Planalto para despachos. Neste período, ele fez apenas duas postagens no Twitter e duas no Instagram. Parte de assessores tem colocado a reclusão na conta da infecção que o presidente adquiriu na perna.
Foto Destaque: O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Antonio Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo