Um grupo de turistas vivenciou momentos de incerteza e frustração a bordo do navio MSC Armonia, que ficou retido por quase um dia inteiro no porto de Barcelona, na Espanha, desde a última terça-feira (2). A viagem, que deveria ser um período de lazer e descanso, transformou-se em uma situação de impasse devido a questões de documentação de passageiros bolivianos.
O cruzeiro partiu de Santos, São Paulo, e tinha um itinerário que incluía várias cidades brasileiras e europeias. No entanto, o navio não pôde prosseguir a viagem de Málaga para Barcelona como planejado.
O navio foi retido na última terça-feira (2) (Foto: reprodução/Europa Press News/GettyImages Embed)
Início dos contratempos
A situação começou a desandar em Portugal, onde o navio foi impedido de atracar devido a condições climáticas adversas, segundo anúncios a bordo. Posteriormente, em Málaga, surgiram relatos de passageiros bolivianos presos no porto, uma situação que não foi resolvida até a chegada a Barcelona. Os passageiros então foram informados de que a entrada dos bolivianos havia sido negada pela Espanha, resultando na retenção do navio e na restrição dos hóspedes a bordo.
Para aqueles que desembarcariam em Roma, a empresa organizou um voo fretado. Os passageiros foram autorizados a desembarcar em Barcelona após a longa espera. Aqueles com destinos além de Roma ainda aguardam realocação para voos dentro da Europa, com a promessa de informações adicionais serem fornecidas.
Suposto golpe em bolivianos
Um grupo de 69 bolivianos enfrenta uma situação difícil após adquirir um pacote de que prometia inclusão de visto, por até 10 mil dólares. A empresa responsável pelo cruzeiro foi acusada pelas autoridades espanholas de negligenciar a verificação dos documentos dos viajantes.
Entre os passageiros detidos, encontram-se 14 menores de idade. O jornal ‘El País’ reportou que as irregularidades nos vistos foram identificadas durante o trajeto marítimo, antes da chegada à Espanha. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bolívia emitiu um comunicado exigindo respeito aos direitos dos cidadãos bolivianos e instou a companhia de cruzeiros a apresentar uma solução rápida para o impasse.
Foto destaque: o navio é operado pela empresa MSC Cruzeiros (reprodução/Charly Triballeau/GettyImages Embed)