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Corpo de bombeiros usa maquinário para procurar vítimas do deslizamento na Vila Sahy, em São Sebastião

Segundo a Defesa Civil Estadual, o número de mortos aumentou para 50. Foram localizados os corpos de 49 vítimas em São Sebastião e uma em Ubatuba. Na última divulgação, 38 pessoas estavam desaparecidas e 4 mil desalojadas ou desabrigadas.

24 Fev 2023 - 19h07 | Atualizado em 24 Fev 2023 - 19h07
Corpo de bombeiros usa maquinário para procurar vítimas do deslizamento na Vila Sahy, em São Sebastião Lorena Bueri

O Corpo de Bombeiros e São Paulo que atua nas buscas por vítimas dos deslizamentos em São Sebastião, diz que a probabilidade de encontrar pessoas com vida está diminuindo, já que bolsões de ar não são comuns em casa de soterramento.


Buscas em São Sebastião (Foto: Reprodução/Agência Brasil)


“Quanto mais o tempo passa, menor a probabilidade de encontrar pessoas com vida. Mas a gente sempre trabalha com essa intenção porque, sob os escombros, a gente pode ter bolsões de ar, existe uma pequena possibilidade”, afirma o capitão Villas Boas, que atua nas buscas na Vila Sahy.

Na última quinta-feira, subiu para 50 o número de mortos, de acordo com a Defesa Civil Estadual. Foram localizados os corpos de 49 vítimas em São Sebastião e uma em Ubatuba. Na última divulgação, 38 pessoas estavam desaparecidas e 4 mil desalojadas ou desabrigadas.

A corporação tem utilizado maquinário para avançar nos espaços ainda não explorados pelos socorristas. As buscas entram no sexto dia nesta sexta-feira (24).

Sobre a utilização de máquinas, o primeiro tenente Spacassassi, diz que “tudo depende do risco que envolve o acesso de máquina ou não”.

“Quando tem soterramento, ou seja, mais parte de terra, com menos espaços vitais, normalmente as máquinas entram mais cedo, mas para fazer o acesso, não propriamente para encontrar vítimas. Para chegar num ponto, precisamos remover uma área que a gente já sabe que não tem ninguém. Quando chegamos a locais que a gente entende que pode ter vida, começamos a fazer a busca manualmente. Vamos dosando de acordo com as informações e com o contexto geral da ocorrência”, explica.

Ainda segundo ele, as máquinas são necessárias para tornar o trabalho mais seguro.

“Às vezes, a gente precisa de maquinário para conter uma certa quantidade de terra num canto, remover para acessar. Nesse momento, a gente buscou manualmente em todos os pontos possíveis. Agora, a máquina precisa abrir esse caminho para que a gente, manualmente, consiga ficar mais próximo do local que a gente entende que pode ter vítima”, concluiu.

O trabalho para os civis se limita às áreas de baixo risco e, conforme os dias vão passando, novas equipes de especialistas são disponibilizadas.

Foto destaue: Bombeiros em São Sebastião. Reprodução/Folha PE

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