Neste domingo (7), pelo terceiro dia consecutivo, a Coreia do Sul registrou novos disparos de artilharia feitos pela Coreia do Norte na região de fronteira entre os dois países. Sem o número exato de disparos, a imprensa sul-coreana informou que alguns projéteis caíram a cerca de 7 quilômetros do mar do país, na zona conhecida como tampão marítima, faixa que separa as duas regiões geográficas.
Além de exigirem que o país comandado por Kim Jong-un interrompa imediatamente as atividades na fronteira, os militares da Coreia do Sul informaram que a provocação terá “resposta esmagadora”.
Em contrapartida, o regime de Kim Jong-um declarou que qualquer provocação terá uma consequência: “se os inimigos cometem atos que podem ser vistos como provocação sob pretexto de ação contrária, o exército vai mostrar uma contraofensiva a níveis sem precedentes”.
Milhares de civis tiveram que deixar suas casas
Na sexta-feira (5), os 200 disparos feitos pela Coreia do Norte ocorreram por mais de duas horas e fizeram com que 7 mil pessoas das Ilhas Baengnyeong e Yeonpyeong fossem orientadas a buscar abrigo. O país atacado emitiu um alerta de emergência na região.
Como forma de resposta, na tarde de sexta-feira (5), os militares da Coreia do Sul se organizaram e iniciaram exercícios de tiros marítimos.
Tanque da Coreia do Sul durante testes militares no dia 5 de janeiro (Foto: reprodução/Ministério da Defesa da Coreia do Sul/AP)
No sábado (6), novos 60 disparos foram feitos pela Coreia do Norte na mesma região marítima.
Escalada de tensão
Desde o rompimento do acordo de paz de 2018, em novembro do ano passado, os países vivem uma escalada de tensão sem precedentes com episódios de ameaças, envios de satélites, lançamentos de foguetes em área fronteiriça etc.
Em imagem de 2018, o então presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, apertam as mãos durante acordo de paz (Foto: reprodução/Korea Summit Press Pool/Reuters)
Com o aumento dos embates, potências mundiais têm entrado no conflito oferecendo apoio a um dos lados. Enquanto Estados Unidos firmaram parceria militar com a Coreia do Sul, China e Rússia expressaram apoio ao país do norte.
Foto destaque: líderes sul-coreanos se reúnem após disparos da Coreia do Norte (Reprodução/Ministério da Defesa da Córeia do Sul/Reuters)