A bandeira verde na conta de energia, que possibilita a isenção de taxas extras, pode se estender até 2024 diante do cenário de chuvas fortes, que elevou substancialmente o nível dos reservatórios das hidrelétricas – principal fonte de geração de eletricidade do país, segundo o diretor da agência reguladora Aneel, Hélvio Guerra.
Bandeiras de energia (Foto: Reprodução/ABADI)
O diretor também apontou a ampliação da oferta de energia neste ano, dando destaque para o tipo renovável, como fator de manutenção da bandeira verde, que deve percorrer todo o ano de 2023.
Em entrevista à Reuters, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que as condições atuais apontam para que não haja cobrança adicional na conta de energia neste ano.
“O ONS conhece bem esse ambiente, e o ambiente é confortável para 2023 e 2024. Estamos com todos os reservatórios cheios e continua chovendo, o que nos dá esse conforto”, afirmou.
Grande parte da energia elétrica, atualmente, vem de hidrelétricas.
“Se tudo funcionar adequadamente, teremos bandeira verde até o fim do ano e, possivelmente, ainda no ano de 2024”, adicionou o diretor.
A previsão é de que os reservatórios cheguem ao final do período úmido, em abril, nos melhores níveis de armazenamento desde 2007.
No Sudeste e Centro-Oeste do país, onde se localizam as hidrelétricas com maiores lagos, a capacidade dos reservatórios pode chegar a 85% no fim de março, de acordo com o ONS.
As estimativas para o período seco também são positivas, com possibilidade de que o estoque de água atinja o melhor patamar em agosto, após 16 anos.
A chegada de um novo período de chuvas, em novembro deste ano, contribuirá para uma travessia tranquila de 2023 para 2024.
A expectativa é que não haja despacho das térmicas mais caras, sendo acionadas apenas aquelas consideradas inflexíveis, disse o diretor da Aneel.
Foto destaque: Conta de luz. Reprodução/ O Democrata