O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) administrado pelo Clóvis Munhoz, tenta diminuir pela metade do tempo o processo de sindicância aberto contra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso e atuado em flagrante por estupro no dia 10. O prazo regular para efetivar o processo é de até 180 dias, mas pretendem fazer cair até a metade, 90 dias.
Para o processo correr, há uma fase de solicitação de esclarecimento, dando ao médico indiciado um pra de 15 dias para informar ao conselho e se justificar. A declaração foi inicialmente por e-mail, entretanto chegou em mãos do anestesista na sexta-feira (15), no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, onde está preso.
Imagem da gravação do crime. (Foto: Reproduçaõ/Tv Globo)
Clóvis Munhoz exerce a medicina há 47 anos, afirma que o sentimento é de tristeza e revolta ao se deparar com o caso. “Pela nossa vontade, nós julgaríamos amanhã, hoje, ontem, anteontem, mas a lei não nos permite e nós estamos num órgão fiscalizador e sindicante, mas nós somos subordinados ás leis do conselho federal de medicina”, esclarece o presidente do Cremerj.
“Expirados esses 15 dias será apurada uma sindicância de urgência extraordinária, onde será votada, e com certeza absoluta, aprovada a interdição cautelar, aí cai a suspensão provisório e entra o afastamento cautelar e, concomitante abertura de processo ético-profissional. Com isso não estamos economizando e acelerando o máximo que a lei nos permite, que foi a promessa que eu fiz em nome da presidência do Cremerj, da diretoria e dos conselheiros” Explicou Munhoz.
Após a primeira fase que é necessária a presença de testemunhas e é feita a defesa prévia, é levado à plenária e então julgado, decidindo pela absolvição ou condenação do acusado. Se houver a condenação o médico pode sofrer cinco punições: advertência, censura privada, censura pública, suspensão por 30 dias e cassação, sendo esta a sanção máxima.
Giovanni foi preso em flagrante após ser filmado cometendo estupro em uma paciente que estava passando por um parto cirúrgico. No Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Foto Destaque: Giovanni sendo preso em flagrante. Reprodução: CNN.
