A família real da Arábia Saudita tem chamado a atenção, após controvérsias envolvendo joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que foram dadas de presente à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e apreendidas pela Receita Federal, em outubro de 2021.
A "Casa de Saud", como é denominado o poder real no país, é atualmente a família de monarcas mais rica do mundo, com um patrimônio estimado em U$ 1,4 trilhão, segundo a avaliação da consultora de negócios Brand Finance. O valor chega a ser 16 vezes maior do que o disposto pela família real britânica. E, de acordo com as informações do Banco Mundial, o montante consegue superar o Produto Interno Bruto (PIB) de diversas nações, como o México e a Holanda.
A família do rei Salman bin Abdulaziz al-Saud e do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que assumiu as funções de chefe de Estado há sete anos, possui uma riqueza proveniente das reservas de petróleo da Arábia Saudita. Composta por 16 mil membros, toda a fortuna da família real, porém, está concentrada em pouco mais de dois mil descendentes do rei Abdul Aziz Al-Saud, que fundou o Estado saudita moderno em 1932.
O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman e o ex-presidente Jair Bolsonaro, respectivamente (Foto:Reprodução/José Dias)
Nos últimos anos, Mohammed bin Salman comprou mega-iates bilionários, propriedades ao redor do mundo e, até mesmo, o quadro do pintor Leonardo Da Vinci, “Salvator Mundi”. A obra foi arrematada em 2017 pelo preço recorde de U$ 450 milhões, aproximadamente R$ 2 bilhões. De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, a pintura esteve exposta no iate Serene do príncipe herdeiro, mas atualmente tem paradeiro desconhecido.
Nos esportes, o fundo soberano da Arábia Saudita investiu no futebol inglês e comprou o clube Newcastle United, no valor estimado de 300 milhões de libras. Agora, os sauditas enfrentam uma empreitada ambiciosa para se tornarem a sede da Copa do Mundo de 2030.
Foto Destaque: príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Reprodução/Agência Brasil