A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou, na última terça-feira (6), uma ajuda de 17,6 bilhões de dólares (R$ 87 bilhões de reais na cotação) para Israel em votação. Na mesma sessão, membros do partido republicano tentaram separar um pacote que também incluía fundos para a Ucrânia.
Todos os 167 democratas votaram contra após o presidente Joe Biden ameaçar exercer seu veto. 13 republicanos também foram contra, por conta da falta de compensações orçamentárias. No Congresso, os republicanos e Biden discordam sobre a ajuda americana aos dois países.
O lado conservador do partido conservador que influenciado pelo ex-presidente Donald Trump, quer liberar novos fundos para Israel, um aliado histórico dos EUA na região. No entanto, muitos deles são contrários à aprovação de fundos adicionais para a Ucrânia, por estimar que muitos contribuintes americanos não são obrigados a financiar uma guerra que estagnou.
Joe Biden está ciente que muitos deixaram de considerar o conflito entre Ucrânia e Rússia urgente. Hoje não existe a mesma mobilização do que em fevereiro de 2022 quando aconteceu a invasão russa à Ucrânia.
Biden pede que ajuda para Israel e Ucrânia entre no mesmo pacote
O presidente e líder democrata pede, desde outubro do ano passado, que as ajudas para Israel e Ucrânia entrem no mesmo pacote. A votação do pacote de ajuda para os israelenses foi convocada pelos conservadores republicanos para tentar fazer Biden ceder.
Para o projeto de lei ser aprovado, ele deve ser votado pela Câmara e o Senado e depois deve ser promulgado por Joe Biden. Os democratas anunciaram que votarão contra o texto e o presidente disse que vai vetá-lo.
Joe Biden durante discurso (Foto: reprodução/Evelyn Hockstein/Reuters)
Ajuda à Israel
O pacote de ajuda americana para Israel é sempre um dos maiores fornecidos pelo país e sempre gera grandes discussões na Câmara dos Representantes do país. Nesta ocasião, no entanto, grande parte da oposição contra o pacote afirmou ser contra por ser uma manobra política republicana para a proposta de reformulação da política migratória do país.
Foto destaque: bandeiras de Estados Unidos e Israel na frente do Capitólio (Reprodução/Mark Schiefelbein/AP Photo)