O conflito entre Israel e o Hamas entra em seu terceiro dia, marcado por incessantes bombardeios durante a noite em Gaza. Combates entre as forças israelenses e as do Hamas persistem principalmente em comunidades no sul de Israel. De acordo com boletins do Ministério da Saúde de Israel e de Gaza, o número de mortos já ultrapassa 1.200, e há mais de 5.000 feridos.
Israel mobiliza 100 mil reservistas em retaliação ao Hamas
"Estamos falando de 700 israelenses mortos. Dentre esses, 260 são jovens que participavam de um festival de música no sul de Israel e foram executados no local. Muitos dos presentes no festival também foram levados para Gaza", afirmou Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, na noite de ontem (8).
Nesta segunda-feira (9), Israel bombardeou a mesquita Al-Soussi no campo de refugiados de Al-Shati, causando mortes e dezenas de feridos. (Foto: reprodução/X/@WAFANewsEnglish)
"Espero que amanhã (9) possamos declarar que Israel está, finalmente, livre de terroristas. Este objetivo ainda não foi alcançado e, enquanto falamos, combates continuam no sul de Israel em diversas comunidades", disse o porta-voz, referindo-se à operação "Espadas de Ferro", em retaliação ao ataque-surpresa do Hamas no sábado (7).
"A resolução virá apenas no campo de batalha", afirma líder do Hamas
"A 'Inundação de Al-Aqsa' começou em Gaza e se estenderá à Cisjordânia e a Jerusalém. E também aos nossos cidadãos de 1948, à resistência e ao nosso povo palestino no exterior", declarou o líder do Hamas, Ismail Haniyyeh, em vídeo publicado na tarde de ontem (8).
"Toda a normalização e reconhecimento deste Estado, bem como todos os acordos assinados com ele, não têm o poder de resolver este conflito. A resolução virá apenas no campo de batalha", disse Haniyyeh.
Ontem (8), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu, mas não chegou a um consenso para emitir uma declaração conjunta sobre o conflito Israel-Gaza.
Ministro da Defesa de Israel anuncia bloqueio total à Faixa de Gaza
Israel mobilizou cerca de 100.000 reservistas para a região. Os bombardeios não cessaram durante a noite, atingindo abrigos e mesquitas. Na manhã de hoje, já eram 560 palestinos mortos, segundo o último boletim do Ministério da Saúde de Gaza, divulgado às 9h (Brasília).
Ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant anunciou hoje bloqueio total à Faixa de Gaza, chamando palestinos de "animais-humanos". (Foto: reprodução/X/@yoavgallant)
Nesta segunda-feira (9), o Ministro da Defesa de Israel anunciou um bloqueio total a Gaza. Autoridades israelenses cortarão o fornecimento de eletricidade e bloquearão a entrada de alimentos e combustíveis na Faixa de Gaza. Este é um agravamento de medidas já em vigor, já que Israel e Egito têm imposto vários níveis de bloqueio a Gaza desde que o Hamas assumiu o poder em 2007.
"Impomos um cerco total à cidade de Gaza — sem eletricidade, sem comida, sem água, sem combustível. Tudo fechado; entramos em guerra com 'animais-humanos', devemos agir de acordo", afirmou Yoav Gallant.
Foto destaque: bombardeios israelenses à Faixa de Gaza não cessaram desde ontem. Reprodução/X/@QudsNen.