Ainda em meio a campanhas políticas para o segundo turno, o candidato pelo partido do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, adotou uma estratégia que tem sido usada por vários políticos, a estratégia em questão é “queimar o filme" do adversário, ressurgindo conteúdos que podem ser prejudiciais a seu oponente. Neste caso, Lula afirmou nesta segunda-feira, dia 10 de outubro, em um programa eleitoral veiculado na televisão, que o atual presidente já defendeu a ideia de abortar um de seus filhos. O vídeo traz uma antiga entrevista de Jair Bolsonaro contando que a escolha de abortar ou não o seu quarto filho, foi decidida por sua ex-mulher, Ana Cristina Valle, com o consenso de Bolsonaro.
Em 2000 Jair Bolsonaro deu uma entrevista para a revista IstoÉ Gente, e afirmou que a decisão de abortar deve ser feita entre o casal. O político foi questionado se já havia passado por uma situação de decidir essa questão, e o mesmo afirmou que quando aconteceu, deixou o poder de decisão nas mãos da sua mulher na época, a qual decidiu prosseguir com a gestação que deu a vida a Jair Renan Bolsonaro: "Já. Passei para a companheira. E a decisão dela foi de manter. Está ali, ó", disse Bolsonaro, que para finalizar ainda apontou para uma foto de Jair Renan. Na estratégia do petista, Bolsonaro é chamado de mentiroso e afirmam que ele já defendeu a escolha do aborto.
"Bolsonaro é mentiroso. Ele diz uma coisa, mas faz outra. Em uma entrevista ele já defendeu o aborto de um de seus filhos", fala um ator da propaganda política. Para finalizar a estratégia, a mídia mostra uma declaração do presidente afirmando ser contra o aborto, a fim de mostrar a incoerência.
BOLSONARO APOIA O ABORTO pic.twitter.com/qsu3WLhNSF
Reprodução: Twitter.
Diferente do candidato Lula, Jair Bolsonaro adotou uma estratégia diferente na sua propaganda eleitoral. Em vez de focar em tirar votos do seu adversário, Bolsonaro optou por focar em conquistar votos onde não tem vantagem, no nordeste do Brasil. Bolsonaro focou na obra de transposição do Rio São Francisco.
Foto destaque: Lula e Bolsonaro. Reprodução: Twitter.