Forças Armadas russas atacaram o centro da cidade de Kharkiv com bombardeios na manhã desta terça (1°), transformando a cidade em escombros. Bombas de fragmentação, que aumentam o potencial de danos humanitários, teriam sido utilizadas juntamente com Mísseis Grad e de cruzeiro, ambos de alta precisão, causando pelo menos dez mortes e 35 feridos, segundo o primeiro levantamento do Ministério do Interior ucraniano. Os alvos foram prédios residenciais e o prédio oficial do governo.
“Esta manhã, a praça central de nossa cidade e a sede do governo local de Kharkiv foram atacadas de forma criminosa. O ocupante russo continua usando armas pesadas contra a população civil”, informou o governador da região, Oleg Sinegubov, através da rede social Telegram.
A Universidade Nacional de Kharkiv também foi alvo de um ataque nesta quarta (2). Kharkiv, com 1,4 milhão de cidadãos, é a segunda maior cidade na Ucrânia e fica perto da fronteira com a Rússia, a 450 km da capital Kiev. Muitos destes habitantes, inclusive, falam a língua russa.
Veja a seguir imagens da cidade durante a invasão russa:
O ataque sucedeu o início de uma tentativa de diálogo entre Rússia e Ucrânia realizada na segunda-feira (28), marcando, assim, o sexto dia da invasão russa à Ucrânia. Segundo a agência estatal russa RIA, os representantes de ambos os países concordaram em voltar às suas respectivas capitais para discutir pontos da primeira conversa antes de retornarem para uma segunda rodada de reuniões. Na primeira, os representantes de Kiev buscavam um cessar-fogo e a retirada das tropas russas, enquanto os de Moscou esperavam chegar a um acordo, apesar de não darem mais detalhes sobre seus objetivos.
De acordo com informações do escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgadas nesta sexta-feira (4), 331 civis foram mortos e 675 feridos desde o início da invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro. A divulgação acrescentava que o custo real provavelmente é muito maior.
Foto destaque: prédio de polícia de Kharkiv após ataque russo. Reprodução/Reuters.