Pacientes da Arcata Clínica Odontológica que procuraram atendimento nas unidades de Belo Horizonte na última terça-feira (8), tiveram uma surpresa desagradável: todas as clínicas foram fechadas, sem nenhum aviso prévio aos clientes e até funcionários.
O prejuízo aos pacientes pode ultrapassar R$ 22 mil por pessoa, a empresa alega que a crise sanitária causada pelo Covid-19 foi o motivo pelo encerramento das atividades. “Fomos impedidos de exercer nossa atividade durante vários meses, sem que os custos para a manutenção de nossa estrutura e pessoal fossem interrompidos. Tal situação resultou na descapitalização de todo nosso patrimônio, inclusive dos sócios e investidores”, afirmaram em comunicado pelo Instagram.
Dentre várias incertezas estão os clientes que não sabem se vão reaver o dinheiro investido nos tratamentos, que chegavam a ter valores de R$10 mil a R$22 mil, como o caso do aposentado Fernando Pereira, que ficou está com parafusos na boca e agora teve o tratamento interrompido.
O prejuízo aos pacientes pode ultrapassar R$ 22 mil por pessoa (Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press/Reprodução)
Segundo o Procon-MG, os consumidores podem tentar reaver o prejuízo das seguintes formas: tentar uma negociação direta com a clínica, através do canal que a mesma disponibilizou para contato, ver a possibilidade de serem redirecionados para outro profissional da área, sem custo adicional, ou solicitar a devolução completa do valor e indenização, via Juizado Especial Cível. Ainda conforme a entidade, caso os clientes encontrem dificuldades no contato direto com a empresa, eles devem acionar os órgãos de proteção e defesa do consumidor.
A empresa, que possui 4 unidades em Belo Horizonte e Rio de Janeiro, apagou todas as postagens em suas redes e desativou o site.
Em comunicado oficial, deixado em sua página do Instagram, a Arcata afirma já ter tratado de 40.000 pacientes, ao longo de 14 anos. Eles informaram ainda que quem possuir um contrato ativo podem entrar em contato com o e-mail administrativo@arcata.com.br para tratar da negociação para suspensão dos pagamentos, suspensão de parcelamentos em cartão de crédito e cheque.
Foto destaque: O prejuízo aos pacientes pode ultrapassar R$ 22 mil por pessoa (Romulo Augusto/Reprodução)