Ao dar início às obras de recuperação do trecho cedido à Linha Vermelha, nesta quarta-feira (9), o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL) explicou que os muros que serão construídos são principalmente uma forma de “garantir a segurança” de todos que passam por aquele trajeto.
"São 30 km de obras e um recapeamento total. Vamos reforçar as laterais, e um muro em locais onde são considerados de risco. Um muro de 30 cm para que a gente possa garantir a segurança de todos que passam por aqui", contou Castro.
A expectativa é que as “barreiras” contra balas perdidas fiquem prontas em três meses. O trabalho será feito as margens do trecho da Ilha do Governador até o acesso da Presidente Dutra.
Aliado a essas medidas, o trajeto receberá:
• 37 câmeras de monitoramento;
• Recapeamento da pista;
• Iluminação LED na estrada nos canteiros laterais e centrais.
Posicionamento de Lula a respeito de Castro
Nesta quinta-feira (10), em um evento realizado em Campo Grande, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, apesar de Claúdio Castro, governador do estado, ter sido adversário dele nas eleições, esse período já passou. Na ocasião, Castro, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, também estava presente.
Lula na reunião em Campo Grande, no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Correio Braziliense/Tomaz Silva/Agência Brasil)
O chefe do executivo ainda explicou que, ao iniciar a gestão dele, promoveu uma reunião com os 27 governadores do país: “É importante que vocês saibam que, quando a gente ganha as eleições para presidente da República, a gente não consegue governar sem conversar com os governadores e prefeitos”, completou o petista.
No decorrer do discurso, direcionado ao prefeito Eduardo Paes e a Castro, que ele estava de volta ao Rio para ajudar: “a fase da mentira acabou. A fase do presidente que não gostava do prefeito, do governador, de sindicalistas, de pretos, de quilombolas, acabou”, concluiu Lula.
Crítica à Polícia Militar
O presidente questionou também o despreparo da polícia militar, devido ao assassinato do adolescente Thiago Menezes Flausino, na madrugada de domingo (7), durante uma operação na Cidade de Deus.
“O que eu quero é que vocês vivam a vida plena que Deus nos deu nesse estado maravilhoso - que não é só Copacabana, só Ipanema. É o povo pobre, negro, da periferia que precisa ser tratado com respeito, para que nunca aconteça com o que aconteceu com um menino de 16 [13] anos que foi assassinado por um policial despreparado ou irresponsável. E a gente não pode culpar a polícia, mas a gente tem que dizer que um cidadão que atira em um menino que já estava caído é irresponsável e não estava preparado do ponto de vista psicológico para ser policial”, declarou Lula.
O tio do jovem, Hamilton Bezerra Flausino, relatou que o rapaz foi executado por um policial após ser atingido na perna e cair da moto em que passeava com o amigo. No chão, mas com vida, o PM teria efetuado disparos contra Thiago.
Além disso, Lula explicou que para que as coisas mudem é necessário o comprometimento entre governadores e o governo federal.
Foto destaque: Cláudio Castro. Reprodução/Agência Brasil/Rogerio Santana/Governo do RJ.
