Ataques aéreos e terrestres em Gaza continuam a provocar mortes e destruição. Um ataque aéreo israelense em Jabalia, o maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, deixou 33 mortos e 85 feridos, segundo a Defesa Civil de Gaza. Moradores relataram que tanques israelenses destruíram estradas e várias casas.
Explosões de tanques e infraestrutura destruída e aumento de vítimas
Além disso, em Maghazi, um ataque aéreo no sábado matou 11 membros de uma mesma família. O Hospital dos Mártires de Al Aqsa confirmou a chegada de 11 corpos, incluindo três crianças e quatro mulheres. Várias outras pessoas ficaram feridas. Apesar dos relatos, a Força de Defesa de Israel (IDF) não comentou especificamente o ataque, mas mencionou operações contra estruturas terroristas do Hamas na área.
O número de mortos pode aumentar em ambos os locais, pois há pessoas ainda presas sob os escombros. Outras ações israelenses resultaram em 39 mortes adicionais na sexta-feira, conforme o Ministério da Saúde de Gaza. Jabalia está devastada, com tanques israelenses avançando pelo campo de refugiados e destruindo casas e infraestrutura, enquanto cidades ao norte de Gaza permanecem isoladas.
Milhares participaram de uma manifestação na Trafalgar Square, em Londres, em 19 de outubro de 2024, pedindo cessar-fogo e o fim do envio de armas a Israel (Foto: reprodução/Kristian Buus/Gettyimage)
Operações israelenses e liderança do Hamas
A operação israelense em Jabalia, segundo o exército, afirma que a ofensiva busca impedir que combatentes do Hamas se reagrupem e continuem desmantelando instalações militares do grupo. Na quinta-feira, Israel anunciou ter matado Yahya Sinwar, líder do Hamas, responsável pelos ataques de 7 de outubro de 2023.
O norte de Gaza, que abrigava mais da metade dos 2,3 milhões de habitantes do território, foi devastado desde o início da ofensiva israelense. Além disso, autoridades de saúde fizeram um apelo para o envio imediato de combustível, suprimentos médicos e alimentos a três hospitais no norte de Gaza, sobrecarregados com o fluxo de pacientes. Apesar de Israel alegar ter enviado ajuda humanitária, autoridades de saúde e o Hamas afirmam que os suprimentos não chegam às áreas mais atingidas, agravando a crise.
Foto destaque: residentes de Jabalia, em Gaza, procuram sobreviventes após o bombardeio israelense (Reprodução/Ramadan Abed/Gettyimage)