Nesta semana o Jornal Nacional entrevistará, os candidatos à Presidência da república com maior percentual de intenção de voto, segunda a pesquisa do Datafolha.
A ordem das entrevistas foi determinada através de um sorteio, que contou com a presença dos assessores dos partidos. O primeiro entrevistado foi o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (22). Ciro Gomes (PDT) foi o entrevistado desta terça-feira (23). Na quinta-feira (25), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará presente no JN. E, na sexta, será a vez de Simone Tebet (MDB).
Cada sabatina contará com um tempo total de 40 minutos, sendo abordados os temas mais marcantes de cada uma das candidaturas. E, ao final, o candidato do dia em questão terá um minuto para as considerações finais.
Ciro Gomes, candidato a Presidência pela quarta vez, expôs suas propostas, que segundo ele, vão “projetar o Brasil” com resultados de uma qualidade de vida comparada a de Portugal em até 30 anos.
Ciro Gomes (PDT) durante sua entrevista ao Jornal Nacional (Foto:Reprodução/Terra)
Confira os principais pontos da entrevista:
° Projeto de governo
Ciro afirmou em sua entrevista que o projeto de governo dele será a reconciliação do Brasil, e também resolverá o cenário da fome no país, que ele diz ser “a mais grave crise” da história do Brasil.
— “ Trinta e três milhões de pessoas estão com fome e 120 milhões não fizeram as três refeições hoje. E determinados grupos políticos são responsáveis por essa tragédia. Eu acho, francamente, que a maior ameaça à democracia é o fracasso dela na vida do povo, mas vou me esforçar para unir e reconciliar o Brasil”.
O candidato afirmou também que a causa desta crise seria a união feita pelo governo Bolsonaro e também os governos do PT, Ciro diz: — “Em 2018, eu estava tentando advertir sobre a promessa enganosa do Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso gravíssimo causado pelo governo do PT”.
° Mudanças no modelo de governo
Quando questionado sobre ter certa dificuldade em formar alianças nacionais em sua candidatura, Ciro Gomes diz que se eleito, irá mudar a forma que o modelo de governança política é feito, com a justificativa de que o mesmo “trouxe caos” para os presidentes em todos os anos desde sua instauração.
“ O Collor governou com esse modelo e foi caçado. O Fernando Henrique e o PSDB nunca mais ganharam uma eleição nacional com esse modelo. O Lula foi parar na prisão. Esse modelo é o que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão, na expressão elegante de FHC, ou na adesão vexaminosa e corrupta ao Centrão”, afirmou.
° Criticas a Lula e Bolsonaro
Ciro, fez pouco uso do seu tempo em entrevista para criticar seus adversários, postura diferente da usada diariamente pelo candidato, que faz criticas diárias a Lula e Bolsonaro em seus discursos.
No entanto, o candidato chegou a afirmar que, o Partido dos Trabalhadores, de Lula, faz uma réplica do modelo político adotado pela Venezuela. Dizendo ainda “Eu acho o Regime da Venezuela abominável. É muito clara a minha distinção com esse populismo sul-americano que infelizmente o PT replica aqui. Ortega na Nicarágua, eu acho tudo isso trágico. Ciro também diz: “A ciência da insanidade é você repetir as mesmas coisas e buscar resultado diferente”, declarou.
A respeito do atual Presidente Bolsonaro, Ciro disse: “O Brasil tem 3% da população do mundo, mas ‘’11% de todos que morreram no mundo na pandemia. Foi o comportamento genocida, que é uma palavra ruim, foi o comportamento anticiência, o adiamento eterno por politicagem barata na situação das vacinas. Ficou dizendo que em janeiro ia vacinar, mas isso aconteceu porque o (ex-) governador de São Paulo fez isso. E fica aqui uma homenagem a João Doria”.
As sabatinas com os presidenciáveis continuam nesta quinta-feira (25), no Jornal Nacional, com início marcado para as 20h30 (horário de Brasília).
Foto Destaque: Ciro Gomes aborda seu plano de governo/ Noticias UOL