Na noite desta terça-feira (16), uma cidade ucraniana, Kharkiv, foi atacada por russos e deixou, ao menos, 17 pessoas feridas. Segundo Oleg Synegubov, governador local, os ataques aconteceram no centro da cidade, atingindo edifícios residenciais. De acordo com informações iniciais, dois mísseis S-300 foram os responsáveis por todo o estrago na região. Ainda de acordo com o governador, duas mulheres estão em estado grave.
Desde o início das invasões russas, em fevereiro de 2022, Kharkiv virou um alvo comum para ataques e bombardeios, por estar localizada a apenas 30 quilômetros da fronteira com a Rússia, no nordeste da Ucrânia. Não havia alvos militares na região, segundo o prefeito da cidade, que também afirmou que alguns edifícios residenciais foram totalmente destruídos pelos mísseis. Nada oficial foi declarado pelos russos.
Kharkiv após ataque russo (Foto: reprodução/O Globo)
Ataques recorrentes
Por se tratar de uma região visada pelos russos, as autoridades locais já haviam alertado cerca de três mil pessoas para evacuarem Kharkiv e também mais de 20 aldeias que ficam na linha de frente no local mais amplo da cidade, alegando que mais ataques russos poderiam acontecer na área.
Também na noite da terça, foi realizado um ataque de drones na cidade de Odessa, no sul da Ucrânia. De acordo com Oleg Kiper, chefe da administração militar da região, o ataque atingiu edifícios residenciais e deixou , pelo menos, três pessoas feridas. "Um homem de 62 anos foi ferido por estilhaços... Uma mulher nascida em 1955 e uma jovem nascida em 1995 ficaram feridas", afirmou ele.
Controvérsia russa
Apesar de ainda não terem admitido os ataques em Kharkiv, os russos alegam que foram atacados na manhã desta quarta-feira (17), em Belgorod, cidade da fronteira que fica a cerca de 80 quilômetros de Kharkiv. O Ministro da Defesa da Rússia afirma que eles abateram sete mísseis ucranianos e quatro drones. Nenhuma pessoa foi ferida no possível ataque ucraniano, segundo o governador da região, Vyacheslav Gladkov.
Foto destaque: Kharkiv após ataque russo (Reprodução/Vitalli Hnidy/Reuters)