Chuvas intensas rompem passarelas e isolam municípios no RS

Nesta quinta-feira (23), a força da correnteza rompeu as passarelas flutuantes que o Exército havia instalado sobre o Rio Pardo em Candelária e sobre o Rio Forqueta entre os municípios gaúchos de Lajeado e Arroio do Meio. As estruturas temporárias não resistiram à intensidade das águas. Nas últimas 24 horas, o estado voltou a registrar chuvas intensas. Uma das soluções consideradas para a mobilidade dos moradores é o uso de uma pinguela.

Rompimento de passarelas flutuantes

 Comando Militar do Sul (CMS) informou que a passadeira em Candelária se rompeu enquanto os militares realizavam a desmontagem. Segundo a nota publicada pelo CMS, o local estava interditado desde o começo da tarde devido ao aumento significativo da correnteza causado pelas fortes chuvas na região. Não houve feridos.

_{Correnteza levou grande parte de passarela provisória montada pelo Exército sobre o Rio Forqueta ( Foto: reprodução/CNN)}

As águas do Rio Forqueta atingiram novamente um nível elevado, levando grande parte das passarelas flutuantes. Agora, apenas alguns poucos resquícios permanecem, dificultando o acesso entre as duas cidades. Muitos moradores de Lajeado trabalham em Arroio do Meio, e a interrupção das passarelas provisórias afeta significativamente o fluxo de pessoas.

Atualmente, o único acesso possível entre as cidades é através do município de Colinas, uma rota terrestre que leva cerca de 1h30 pela BR-386. No entanto, essa estrada está com movimentação intensa de veículos devido à situação das passarelas.

Chuvas recordes e risco de deslizamentos

A Universidade do Vale do Taquari registrou um recorde histórico de chuvas na região gaúcha, com mais de 580 mm acumulados no mês de maio até o momento. Além disso, a defesa civil alertou para o risco de deslizamentos na região central de Cruzeiro do Sul, também no Vale do Taquari, onde rachaduras visíveis no asfalto já foram identificadas. Em Muçum, outro município próximo, o nível do Rio Taquari subiu 1 metro em cerca de 15 horas.

A reconstrução das passarelas provisórias dependerá da diminuição do nível do rio e da estabilização das condições climáticas. Enquanto isso, a população enfrenta desafios para se deslocar entre as cidades afetadas pelas eenchentes

Foto Destaque: uma das passadeiras levadas pelas águas, a que foi instalada dia 15 no Rio Forqueta, entre Lajeado e Arroio do Meio (Reprodução/André Ávila/ Agencia RBS/gentrezh)