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Chefe da Otan vai contra fala do papa e diz que Ucrânia precisa de armas e não de bandeiras brancas

De acordo com o papa, é importante que o país, ainda em guerra com a Rússia, levante a bandeira branca e anuncie o fim do conflito

11 Mar 2024 - 21h29 | Atualizado em 11 Mar 2024 - 21h29
Chefe da Otan vai contra fala do papa e diz que Ucrânia precisa de armas e não de bandeiras brancas Lorena Bueri

Nesta segunda-feira (11), o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, se mostrou oposto às palavras do papa Francisco após discordar dos últimos comentários do religioso. O Papa afirma que é importante a Ucrânia levantar a bandeira branca e negociar o fim da guerra com a Rússia. 

O secretário-geral da Otan afirmou à agência de notícias Reuters, durante uma entrevista na sede da Otan, em Bruxelas, que discorda dos comentários do papa Francisco, ao ser questionado sobre as observações feitas pelo religioso. “Se quisermos uma solução pacífica, negociada e duradoura, a maneira de chegar lá é fornecer apoio militar à Ucrânia”, disparou. 

Jens ainda foi questionado se esse posicionamento era só momentâneo, mas o secretário afirmou que neste momento, não é hora para se falar sobre levantar a bandeira branca a anunciar a rendição. Segundo o secretário, isso seria uma tragédia para a população da Ucrânia, além de ser muito perigoso para o mundo. 


Secretário-geral da Otan fala sobre os posicionamentos do papa Francisco quanto à guerra entre Ucrânia e Rússia (Foto: reprodução/Diário de Pernambuco)


Stoltenberg discorda do presidente da França, Emmanuel Macron

Durante a entrevista, Jens também foi contra a fala do presidente da França, que informou sobre a possibilidade dos aliados ocidentais enviarem tropas individuais em apoio à Ucrânia. Segundo Stoltenberg, tal ação poderia afetar as relações de aliança na totalidade, já que alguns membros estão atrelados por um pacto de defesa coletiva. 

Zelensky afirma que tropas francesas não morrerão na Ucrânia 

A afirmação feita pelo presidente Volodymyr Zelensky nesta segunda-feira (11), durante uma entrevista, é para os soldados franceses que podem ser enviados ao país na ajuda durante a guerra. 

A pergunta foi feita em hipótese do atual presidente da França, Emmanuel Macron, decidir enviar tropas francesas em apoio à Ucrânia contra a Rússia. Volodymyr disse que quer entender e discutir melhor o assunto quando Macron for até a Ucrânia. 

A guerra entre Ucrânia e Rússia já completou dois anos em fevereiro de 2024. Milhares de pessoas já perderam suas vidas e ações ainda são discutidas para negociar o fim da guerra entre os dois países. 

Foto Destaque: à esquerda, Jens Stoltenberg; à direita, papa Francisco (Reprodução/Correio Braziliense/UOL/Montagem por André Pontes

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