O chanceler israelense Eli Cohen reiterou hoje o compromisso de Israel em prosseguir com as operações militares na Faixa de Gaza, independentemente do apoio internacional. Suas declarações surgiram em resposta ao alerta feito pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o impacto negativo dos "bombardeios indiscriminados" israelenses na opinião global. Na terça-feira, 10 militares israelenses perderam a vida no conflito.
Cohen, em um comunicado oficial, afirmou que interromper a ofensiva neste estágio seria conceder um presente ao grupo terrorista Hamas, permitindo que eles retornem e ameacem a segurança de Israel. Além disso, ele solicitou à comunidade internacional a proteção das rotas de navegação no Mar Vermelho, destacando a preocupação após um navio norueguês ser atingido por um foguete lançado pelos houthis, milícia apoiada pelo Irã envolvida no conflito no Iêmen.
Tensões internacionais
As recentes tensões internacionais foram desencadeadas pelas observações de Biden durante um evento de campanha, onde ele afirmou que os "bombardeios indiscriminados" estavam prejudicando o apoio global a Israel. Mais tarde, em uma coletiva de imprensa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Biden reiterou o suporte a Israel, mas enfatizou a preocupação com a segurança dos palestinos.
Soldados das Forças de Defesa de Israel num beco em Gaza (Foto: reprodução/Forças de Defesa de Israel)
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou ter recebido apoio total dos Estados Unidos para a incursão em Gaza, apesar das divergências sobre o futuro pós-conflito. Biden está programado para se reunir com parentes dos israelenses sequestrados pelo grupo terrorista Hamas, buscando apoio internacional para a libertação dos mais de 100 reféns.
Cessar-fogo imediato
A Assembleia Geral da ONU aprovou, na terça-feira (12), uma resolução pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza, com 153 votos a favor, 10 contra (incluindo EUA e Israel) e 23 abstenções. Em resposta, Cohen criticou duramente a decisão, acusando a ONU de uma "nova degradação moral" ao parabenizar o Hamas, uma organização terrorista que, segundo ele, cometeu atos atrozes.
Netanyahu, durante uma visita a um centro de detenção no sul de Israel, expressou sua determinação em continuar a ofensiva contra o grupo terrorista Hamas, afirmando que "nada nos deterá". Ele elogiou as forças militares por seu trabalho, mencionando o difícil dia anterior, quando 10 soldados foram mortos em uma emboscada do Hamas.
Agentes do Hamas em escola
As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram ações no sul de Gaza, onde tropas do Batalhão de Reconhecimento da 55ª Brigada eliminaram agentes do Hamas em uma escola em Khan Younis. Um vídeo divulgado mostra o confronto, com os corpos dos terroristas espalhados no local. As tropas encontraram e destruíram infraestrutura subterrânea do Hamas na área.
As tensões persistem, e a posição de Israel em continuar a ofensiva permanece inabalável, apesar das críticas e apelos por um cessar-fogo internacional.
Foto destaque: Soldados e um blindado das Forças de Defesa de Israel em Gaza (Reprodução/Forças de Defesa de Israel).