O Rio Grande do Sul enfrentou uma tempestade elétrica avassaladora nas últimas 24 horas, totalizando impressionantes 499.086 descargas elétricas, conforme os dados da Climatempo Meteorologia. Este fenômeno ocorreu na terça-feira, 16 de janeiro, resultando em danos significativos, bloqueios de vias e, infelizmente, uma fatalidade confirmada pela Defesa Civil.
A região mais impactada foi a Fronteira Oeste, com destaque para Santana do Livramento, que registrou um extraordinário número de 64.466 descargas elétricas. Outras cidades enfrentaram condições climáticas adversas, como Uruguaiana, com 57.478 eventos, e Alegrete, que contabilizou 54.040 descargas.
Persistência da atividade elétrica
Neste momento, a atividade elétrica ainda é considerada alta, principalmente na Região Norte do RS. Esse padrão está associado a uma área de baixa pressão atmosférica no continente e a presença de uma frente fria no oceano, provocando instabilidades e resultando em temporais.
Diante desse cenário, o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destaca medidas cruciais para a proteção contra raios.
Áreas descampadas
Evitar caminhar em áreas descampadas, subir em locais altos como telhados, terraços e montanhas, e permanecer próximo a objetos metálicos, como varais, antenas ou portões de ferro, é essencial. Além disso, recomenda-se não circular em margens de água, faixas de areia, calçadões, beiras de rio e piscinas durante tempestades.
Em casos de tempestade, buscar abrigo em veículos não conversíveis, fechando portas e vidros e evitando contato com a lataria, é uma medida eficaz. Entrar em moradias ou prédios, mantendo distância de redes elétricas, telefônicas e hidráulicas, bem como portas e janelas metálicas, é outra opção segura. Abrigos subterrâneos, como metrôs ou túneis, também são alternativas válidas.
Raios no Brasil
Em períodos de chuvas intensas, a preocupação com raios se intensifica. Essas descargas atmosféricas não apenas oferecem espetáculos naturais, mas representam um risco significativo para a segurança humana e patrimonial.
Os raios são fenômenos elétricos originados pela disparidade de potencial entre nuvens e o solo, ou entre diferentes partes de uma nuvem. Com temperaturas até cinco vezes superiores à superfície do sol e a capacidade de transportar até um bilhão de volts de eletricidade, os raios são eventos de extrema magnitude.
Riscos Associados
Além de danos materiais, os raios apresentam potencial letal, podendo incendiar propriedades, danificar equipamentos elétricos e, em casos extremos, resultar em fatalidades. O Brasil lidera globalmente em incidência de raios, com uma média anual de 50 milhões de ocorrências, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Pingos de chuva (Foto: reprodução/Pixabay)
Diante desse panorama, é essencial buscar abrigo em locais fechados durante tempestades, evitando áreas abertas como campos e praias. Manter distância de elementos altos, como árvores e postes, que podem atrair descargas elétricas, é uma precaução relevante.
Equipamentos de proteção
O uso de dispositivos de proteção, como para-raios e aterramentos elétricos, desempenha papel crucial na preservação de estruturas contra os impactos dos raios. Desligar e desconectar aparelhos eletrônicos durante tempestades é outra medida importante para evitar danos causados por surtos elétricos.
A conscientização acerca dos perigos dos raios e a implementação de medidas de segurança são fundamentais para preservar vidas e propriedades. Em épocas de chuvas intensas, a preparação e a informação adequada tornam-se essenciais para lidar com esses eventos naturais poderosos e potencialmente perigosos.
Foto destaque: tempestade com raios (Reprodução/Pixabay/WikimediaImages)
