Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) entrou com a operação para apreender os celulares e computadores do vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. O político fluminense envolve-se supostamente envolvido em um esquema de coleta ilegal de dados e espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A Polícia Federal esteve na residência de Carlos Bolsonaro em Angra dos Reis durante a manhã para coletar os aparelhos eletrônicos do vereador, as informações foram apuradas pela CNN.
Polícia Federal (Foto: reprodução/ Vagner Rosário/ VEJA)
Possível espionagem dentro da ABIN
A Polícia Federal investiga ações suspeitos na Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) por parte de Carlos Bolsonaro que supostamente teria usando as informações e dados confidenciais do órgão para uso do favorecimento da família Bolsonaro, até o momento. Os supostos envolvidos com a propagação do ato de espionagem podem ser acusados de: “invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”, segundo a PF.
As apreensões de aparelhos são uma continuidade da investigação da ABIN, que iniciou a partir das buscas de evidências com Alexandre Ramagem, ex-diretor da ABIN. Os mandatos de investigações foram promovidos por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal (STF), que visou os indícios do envolvimento de Ramagem com a espionagem a favor da família Bolsonaro.
O envolvimento de Carlos Bolsonaro com as supostas acusações
Nas campanhas presidências do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, seu filho, Carlos Bolsonaro esteve ativamente envolvido. O filho atuava como chefe do “gabinete do ódio”, meio de combater instituições adversárias eleitorais. Carlos Bolsonaro era o principal líder do gabinete. Com a frente nas propagandas eleitorais e na disseminação de Jair Bolsonaro, com terceiros envolvidos estando diretamente ligados ao caso, Carlos Bolsonaro tornou-se um alvo em potencial na ligação com as espionagens ligadas a ABIN. Mais mandatos estão sendo feitos pela PF durante o mês de janeiro, as informações são do G1.
Foto em destaque: Carlos Bolsonaro (Reprodução/ Renan Olaz)