O Distrito Federal está enfrentando um aumento expressivo no número de casos de sífilis. Em 2023, foram registrados 3.138 diagnósticos da infecção, representando uma média diária de 14 casos. Em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram relatados 2.013 casos, houve um aumento de 55,9%. A maioria desses casos ocorre entre homens de 25 a 29 anos.
Fatores de risco e prevenção
Segundo a enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica da sífilis Daniela Magalhães, da Secretaria de Saúde, a principal forma de evitar a doença é o uso correto de preservativos. Testes rápidos para diagnóstico estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o tratamento também pode ser realizado através da administração de antibióticos.
A conscientização sobre os riscos e sintomas da sífilis também é fundamental para encorajar a busca por tratamento imediato. O infectologista Werciley Vieira destaca que a sífilis tornou-se a principal Infecção Sexualmente Transmissível (IST) do momento, devido à facilidade de transmissão.
Ações dos governos locais
Para mitigar o problema, o Distrito Federal instituiu uma Comissão Distrital Permanente para a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis. O objetivo é estimular o diagnóstico e o tratamento precoce, especialmente entre gestantes, para evitar a transmissão da doença aos recém-nascidos. O plano também envolve ações de conscientização sobre a importância dos testes de sífilis nas UBS.
Governo do DF faz campanha contra a sifilis. (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Brasil)
O aumento no número de casos de sífilis no Distrito Federal exige uma atuação rápida e eficaz das autoridades de saúde. O uso correto de preservativos continua sendo a principal forma de prevenção, e a população é encorajada a fazer testes regulares para detecção da doença, especialmente em UBS. As ações governamentais buscam incentivar práticas de prevenção e diagnóstico, em um esforço para reverter este cenário preocupante.
Foto destaque: Paciente passa por coleta para exames. Reprodução/ Rodrigo Nunes/G1