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Caso Henry Borel: Monique Medeiros tem cinco dias para instalar tornozeleira eletrônica

Contrariando recomendações do Ministério Público, a juíza Elizabeth Machado Louro substituiu a ordem de prisão preventiva à mãe de Henry Borel por monitoramento eletrônico

06 Abr 2022 - 14h53 | Atualizado em 06 Abr 2022 - 14h53
Caso Henry Borel: Monique Medeiros tem cinco dias para instalar tornozeleira eletrônica Lorena Bueri

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, foi liberada do presídio no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, durante a noite desta terça-feira (05). A juíza responsável pelo caso declarou o prazo legal de cinco dias para Monique comparecer à Coordenação de Monitoramento Eletrônico do Rio para instalar uma tornozeleira eletrônica. 

Henry Borel tinha 4 anos quando foi morto no dia 8 de março de 2021, vítima de agressões causadas pelo vereador Dr. Jairinho, seu padrasto. O crime aconteceu na casa onde a família morava, na Barra da Tijuca. No mês seguinte, o casal foi preso. Monique responde por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.

A 2ª Vara Criminal concedeu a soltura à mãe da criança, que ficará em prisão domiciliar e usará tornozeleira eletrônica. A juíza Elizabeth Machado Louro determinou que ficam vedados à ré: O retorno à antiga residência, conversar com qualquer pessoa que não seja parente ou advogados e fazer postagem em redes sociais. Enquanto Jairinho, principal autor do crime, permanece preso.


 Jairinho e Monique Medeiros. (Foto: Reprodução/Tupi FM)


A decisão da juíza foi motivada pela preocupação referente às ameaças que Monique estaria sofrendo por parte das detentas. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) apurou que a mãe de Henry estava sofrendo violência, acusações e ameaças por parte das detentas. 

Além disso, segundo a magistrada, a ré não foi acusada de violência extremada e não há indicações de que ela teria presenciado os atos violentos. No entanto, o Ministério Público afirma que Monique não deveria ser beneficiada com a medida, uma vez que ela é uma das responsáveis pela morte do filho. Diante disso, o Ministério pretende recorrer. 

O pai da vítima, Leniel Borel, também foi contrário ao veredito. Ele disse que respeita a determinação judicial, mas alega que irá recorrer. Para ele, Monique é tão culpada quanto Jairinho e merece uma pena igual ou maior do que a dele. “Inacreditável! Não paro de chorar.”, lamenta o pai da criança. 

As defesas de Jairinho e Monique comemoraram a conduta da autoridade. Para os advogados do casal, a determinação foi uma vitória, uma vez que, segundo eles, falta materialidade para implicar os dois.

 

Foto Destaque: Monique Medeiros no tribunal. Reprodução/Brunno Dantas.

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