Na última terça-feira (9), uma casa da cidade de Buriticupu, que fica localizada no interior do Maranhão, foi engolida pela cratera conhecida como voçoroca e acabou ficando soterrada. Este fenômeno, atinge os lençóis freáticos que formam grandes buracos causados por erosão, após chuvas em solos escassos de vegetação e proteção. Segundo o corpo de bombeiros, ninguém se machucou, visto que não havia moradores na residência quando o incidente aconteceu. Mas foi emitido uma ordem de evacuação dos moradores vizinhos, por questão de segurança.
Segundo as autoridades, a voçoroca está avançando pela cidade e preocupa moradores da região. Um móvel próximo ao soterrado, também foi atingido e teve um pouco de sua estrutura danificada, correndo o risco de ser puxado para o buraco. Em nota a BandNews, as autoridades informaram que a região está interditada e está em observação. Na cidade já ocorreram cerca de 20 crateras. Em média, o buraco pode chegar a 600 metros de largura e 70 metros de profundidade. Capaz de "engolir" grandes casas.
O estado pode ser declarado em situação de calamidade pública pelo Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional (MDR). O fenômeno geológico tem causado estragos em Buriticupu e deixando famílias desabrigadas. Cerca de 27 residências tiveram que ser desalojadas e outras 200 correm perigo de perderem sua moradia pelo evento desastroso.
Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional (MDR)/Adalberto Marques (Ascom/MDR)/Reprodução
Segundo um professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), não faltou esforço para sinalizar às autoridades sobre as voçorocas. A instituição publicou vários artigos em revistas para avisar sobre o problema. Para ele, os eventos poderiam ter sido evitados. "Poderia ter sido feito, antes que eles surgissem, deveria ter tido um planejamento adequado para a cidade. E posteriormente um planejamento adequado para a cidade. Surgiu um problema, vamos conter". Declarou o professor que também tem um doutorado em ciência do solo. A acompanhamento do fenômeno, estava sendo acompanhado desde de 2012 pelo doutor. Ele afirma que a concentração de chuvas, o relevo das áreas e até a presença humana nessas regiões, estão contribuindo para a evolução do evento.
Foto destaque: Fenômeno voçoroca na cidade de Buriticupu/Redes sociais/Reprodução