Em meio a crescentes tensões, a capital ucraniana, Kiev, anunciou um reforço significativo em suas medidas de segurança. A decisão veio após uma série de ataques com mísseis balísticos russos, que são notoriamente rápidos e desafiadores para serem interceptados. Nesta quinta-feira (28), o chefe da administração militar de Kiev, Serhiy Popko, declarou que um conselho de defesa especial será convocado para revisar a realização de eventos públicos e fortalecer a segurança em locais de grandes aglomerações.
A escalada dos ataques russos, descritos por Moscou como atos de “vingança” em retaliação aos bombardeios ucranianos em território russo, levou ao uso intensificado de mísseis balísticos. Esses mísseis, capazes de atingir seus alvos em questão de minutos após o lançamento, representam uma ameaça significativa devido à sua velocidade e dificuldade de serem derrubados.
Reforços na vigilância da capital Kiev
Popko enfatizou a importância da calma e da prevenção, pedindo aos cidadãos de Kiev que evitem o pânico enquanto as autoridades implementam medidas proativas para proteger a cidade e seus habitantes.
A preocupação também se estende à possibilidade de infiltração de agentes russos e outros inimigos na cidade, o que justifica o aumento da vigilância. O governo ucraniano continua a solicitar apoio de seus aliados ocidentais na guerra contra a Rússia.
Kiev, na Ucrânia, sofreu diiversos ataques de mísseis russos na última sexta-feira (22) (Foto: Reprodução/ Global Images Ukraine/ Getty Images Embed)
Ataques a sistema de energia ucraniano
Na última sexta-feira (22), a Rússia desferiu um dos seus maiores ataques contra a infraestrutura energética da Ucrânia, afetando pelo menos 10 regiões e deixando mais de um milhão de famílias sem energia elétrica. O ataque, que utilizou mísseis e drones, teve como alvos principais fontes de energia em cidades estratégicas como Kharkiv, Odesa e Kryvyi Rih.
O maior complexo hidroelétrico da Ucrânia, localizado no rio Dnipro, na região sul de Zaporizhzhia, foi um dos principais alvos. O executivo-chefe da Ukridroenergo, Ihor Syrota, relatou danos significativos às usinas de geração de energia, com incertezas sobre a retomada das operações.
Volodymyr Kudrytskyi, outro executivo do setor energético, assegurou que a barragem não corre risco de rompimento. Este ataque é considerado por Kudrytskyi como o maior já realizado individualmente contra o sistema energético ucraniano.
Foto destaque: Equipe de resgate ucraniana observa construção que foi atingida por mísseis. (Reprodução/ Global Images Ukraine/ GettyImages Embed)