O cacique Lúcio Tembé teve que ser internado às pressas após ser vítima de uma tentativa de homicídio. Ontem, no domingo (14), enquanto voltava de carro para a aldeia dele em Tomé-açu, nordeste paranaense, ele foi abordado por dois pistoleiros. Um dos tiros efetuados contra o líder indígena de Turé-Mariquita atingiu a região da cabeça.
No momento, em estado grave, Tembé está sob os cuidados médicos de um hospital na Grande Belém. A informação compartilhada é da Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa).
Logotipo Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Foto: Reprodução/Divulgação)
A Fefipa também informou que o ataque aconteceu após, ao longo do trajeto, o veículo do cacique atolar, ao descer, na intenção de desatolá-lo, dois homens em uma moto se aproximaram e realizaram os disparos com arma de fogo.
Ainda, segundo a instituição, a suspeita é de que “També estava sendo há algum temo monitorado pelos criminosos”. Assim como outros ativistas e líderes indígenas são ameaçados de morte, a motivação, novamente, pode estar relacionada as ações que ele promove a favor do povo dele.
Em um comunicado oficial, a Secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) disse que: "Diligências são realizadas com objetivo de coletar todos os vestígios e provas que possam contribuir para elucidação do crime, com a identificação dos responsáveis. Informações que auxiliem nas investigações podem ser repassadas via Disque-Denúncia, número 181. O sigilo é garantido".
A Polícia Cívil, responsável por investigar o caso, ainda não conseguiu identificar os suspeitos.
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a Polícia Federal em conjunto com a Segup, imediatamente, busquem esclarecimentos sobre o caso. Além disso, o MPF convocou uma reunião de urgência nesta segunda-feira (15), para discutir com representantes de outros órgãos públicos que estarão presentes o atentado.
Foto destaque: Cacique Lúcio També. Reprodução/Fefipa.