Nesta sexta-feira (17.01), o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, veio a público agradecer ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu empenho em "trabalhar por uma solução" pela permanência da plataforma no país.
Em um vídeo postado na conta oficial da própria rede, Shou Chew afirmou que fará de tudo para proteger a liberdade de expressão, garantida na Constituição, dos mais de 170 milhões de usuários do aplicativo no país.
Em outro trecho do vídeo, o CEO agradeceu diretamente a Trump por seu interesse em solucionar a questão do possível banimento do app e reafirmou o seu desejo de que a plataforma continue sendo um ambiente criativo e próspero.
@tiktok Our response to the Supreme Court decision.
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Vídeo do CEO do TikTok agradecendo ao presidente eleito Donald Trump (Vídeo: reprodução/Tik Tok/@tiktok)
Posição de Donald Trump sobre o banimento do TikTok
O agradecimento de Shou Zi Chew veio em resposta à posição de Donald Trump quando questionado, em entrevista à CNN, sobre o embrolho com a gigante chinesa.
Na ocasião, Trump afirmou que decidirá o futuro do TikTok quando assumir a presidência da economia mais importante do mundo, no dia 20 deste mês, e deu indícios de que suspenderia a sanção imposta pelo presidente em exercício, Joe Biden. Afirmando ainda que logo tomaremos ciência da sua decisão, salientando que o congresso lhe concedeu esse direito.
Lembrando que os questionamentos a respeito da confiabilidade da rede social foram levantados pelo próprio Donald Trump, quando, em 2020, tentou banir o aplicativo do país sob a acusação de risco para a segurança nacional.
Já nas eleições presidenciais de 2024, Trump demonstrou sua mudança de opinião e começou a apoiar a permanência do Tiktok nos Estados Unidos, alegando defender a liberdade de expressão de seus eleitores.
Entenda o caso
Sob a acusação de ser um possível instrumento de espionagem por parte do governo chinês — hipótese negada por Shou Zi Chew —, a Byte Dance, proprietária do TikTok, se viu obrigada, através de uma sanção assinada pelo presidente Joe Biden, a vender o aplicativo para alguém sem qualquer conexão com a China ou seria impedida de operar em território estadunidense.
Diante de um cenário de incertezas e com seu recurso para seguir operando no país negado pela Suprema Corte dos Estados Unidos, o que sabemos até agora é que a plataforma tem até domingo (19) para cumprir as condições estipuladas no decreto sancionado por Biden. Caso isso não ocorra até a data estipulada, o aplicativo chinês será banido oficialmente do país.
Foto Destaque: Imagem da bandeira dos Estados Unidos e do símbolo do aplicativo Tiktok (reprodução/Faisal Bashir/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)