No Noroeste da China, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, a China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) iniciou uma escavação em um posto com cerca de 10 mil metros de profundidade aproximadamente na área da Bacia de Tarim.
O central objetivo dessa perfuração é realizar a exploração pelo âmbito científico, buscando expandir mais conhecimento relacionado a áreas profundas que ainda não foram estudadas dentro do planeta Terra.
Tendo uma conclusão prevista em 457 dias, está sendo calculado por meio do planejamento, alcançar uma profundidade de 11.100 metros. Apelidado de “buraco para o inferno” pelas mídias sociais.
Ele pode se tornar o segundo poço localizado em área continental no mundo inteiro a alcançar mais de 10 metros de profundidade vertical, além de ter o recorde mais rápido de perfuração do mundo considerando seu tamanho, se o plano tiver sido cumprido.
A perfuração em questão foi iniciada às 11h46, na terça-feira (6), no interior do maior deserto de todo o país chinês, o famoso Taklimakan. Levando em conta as condições subterrâneas complicadas, a Bacia de Tarim é uma das áreas com mais dificuldade de ser explorada por seu solo áspero.
À CCTV, o acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia, Sun Jinsheng, revelou: “Referindo-se às 13 dificuldades de engenharia na perfuração, como alta temperatura, alta pressão, espessura da camada de cascalho, espessura da camada de sal e danos no revestimento, coeficiente de pressão de água salgada e alto teor de enxofre, a Bacia de Tarim ocupa a primeira posição no mundo em termos dessas sete dificuldades de classe mundial”.
Trabalhadores segurando faixa em campo petrolífero pertencente à Tarim. (Foto: Reprodução/Tan Hui/VCG via Getty Images/CNN Brasil)
Jinsheng afirmou ainda que: “A dificuldade de construção do projeto de perfuração pode ser comparada a um grande caminhão dirigindo em cima de dois cabos de aço finos”.
Podendo chegar a mais de dez “camadas continentais”, cerca de 2 mil toneladas de tubos e brocas de perfuração estão sendo usadas.
“O sucesso do poço abrirá novas áreas de pesquisa para nós”, além de que “nos fornecerá informações valiosas e difíceis de obter sobre a evolução da Terra”, afirmou o acadêmico da Academia Chinesa de Ciências, Hao Fang, para à CCTV.
Foto destaque: Poço de petróleo de Tarim Oilfield. Reprodução/Tan Hui/VCG via Getty Images/CNN Brasil