Os crimes de feminicídio estão cada vez mais em alta, no ano passado milhares de mulheres jovens foram vítimas desta atrocidade, segundo pesquisas aproximadamente a cada 8 horas no Brasil a evidência de um novo óbito e cerca de 97,8% conhecem seu agressor.
Não há um atendimento específico e direcionado para jovens que perdem suas mães em crimes de feminicídio no Brasil
(Foto Reprodução: Pixabay License)
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) fez uma apuração e os resultados obtidos foram aterrorizantes sobre os crimes de feminicídio, só no Brasil foi registrado 2,3 mil pessoas órfãs em consequência desses homicídios ocorridos em 2021, o estudo revela outras estáticas ainda maiores sobre a morte de mulheres no país que evidentemente sofriam em silêncio sem saber a quem recorrer por socorro. Com base em investigações acredita – se que o Brasil teve em média 25 mortes por semana.
Mulheres fazem caminhada em solidariedade às manifestações feministas na América Latina, que tem países com alta taxa de feminicídio, segundo a ONU
(Foto Reprodução: Agência Brasil)
O que choca em relação aos dados mostrarem que 97,8% das vítimas conheciam seu agressor tendo em vista que uma vez o autor do crime era seu companheiro e até mesmo um parente da família, e isso vem como alerta também para as mulheres vítimas de agressão não se calarem e buscarem ajuda.
O relatório destaca também que 66,7% das mulheres vítimas de feminicídio são negras, e mais de 70% delas estavam na idade reprodutiva, entre 18 anos a 44 anos.
“Em 2022 esses casos só tendem a crescer porque alguns casos ainda estão sobre investigação, especialmente dos que aconteceram em novembro e dezembro”, destaca Samira Bueno, diretora executiva do FSBP em entrevista ao Jornal Fantástico.
Sueli Amoedo, Advogada Do Projeto conhecido como as Justiceiras revelou que ainda não à previsão de um projeto específico direcionado a jovens e crianças que perdem sua mãe em Crimes de feminicídio no Brasil. “ Quem acaba fazendo esse acolhimento em situação de violência são os centros de referência em atendimento da mulher, mas o ideal é que as crianças tenham um espaço para falar da dor” ressalta.
Foto Destaque: Criança Órfãs em consequência de Crime - feminicídio.Reprodução/Arquivo Pessoal