No sábado (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em suas redes sociais que o Brasil está determinado a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar a intensificação do conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos.
Declaração de guerra
No sábado pela manhã, horário local, o grupo armado Hamas, de orientação islâmica, realizou um ataque surpresa contra Israel, marcando um dos mais significativos ataques que o país enfrentou nos últimos anos.
De acordo com as autoridades de resgate, até as 13h deste sábado, no horário de Brasília, o trágico saldo contabilizava pelo menos 298 vítimas fatais. Este número englobava 100 mortes em Israel e 198 na Faixa de Gaza, resultantes da resposta de Israel. Além disso, milhares de pessoas ficaram feridas.
Comunicado de Lula
"Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", escreveu Lula.
"Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", continuou, na mensagem.
Presidente Lula em conferêrencia internacional. (Foto: Ricardo Stuckert/Instagram/@lulaoficial).
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma declaração condenando os ataques e anunciando a convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU. Vale ressaltar que o Brasil ocupa a presidência rotativa do Conselho durante o mês de outubro. A TV Globo informou que a reunião foi programada para o próximo domingo, às 16h (horário de Brasília).
O comunicado do Itamaraty reitera o compromisso do governo brasileiro com a busca de uma solução de dois Estados, onde Palestina e Israel possam coexistir pacificamente e com segurança, dentro de fronteiras previamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Além disso, enfatiza que a simples administração do conflito não é uma alternativa viável para a questão israelo-palestina e destaca a urgência da retomada das negociações de paz.
Foto Destaque: homem tentando apagar um incêndio numa van, enquanto foguetes são lançados da Faixa de Gaza, em Ashkelon, sul de Israel. Reprodução: foto/Reuters.