O anúncio de um cessar-fogo na faixa de Gaza, entre Israel e Hamas, foi celebrado pelo Brasil nesta quarta-feira (15). A negociação para interromper o conflito entre os grupos foi mediada pelo Catar, Egito e Estados Unidos, anunciado pelo presidente americano, Joe Biden, e pelo primeiro-ministro do Catar.
O acordo tem como objetivo acabar com a guerra que dura mais de 467 dias e resultou mais de 46 mil palestinos a morte, a maioria mulheres e crianças. Entre os israelenses, as mortes somam 1.200. No contexto do conflito, mais de 160 jornalistas e 265 colaboradores da ONU foram vítimas. Além das fatalidades, milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas terras, e houve a destruição do território local, que precisará ser reconstruído.
Brasil faz apelo em nota
Em nota, o Brasil faz um apelo e incentiva que as partes envolvidas cumpram e respeitem suas responsabilidades no acordo, assegurando: o cessar-fogo permanente, a liberação de todos os reféns e a entrada livre da ajuda humanitária na região de Gaza.
O Brasil defende a criação de um Estado Palestino independente, com Jerusalém Oriental como capital, e que os cidadãos convivam em paz com Israel dentro das fronteiras de 1967, também conhecida como Linha Verde.
O governo brasileiro reforça o apelo por paz entre israelenses e palestinos: “O Brasil apela pela retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos e reitera seu compromisso com a solução de dois Estados”.
cobertura do acordo de cessar-fogo e celebração do Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)
Proposta brasileira
Em outubro de 2023, o Brasil apresentou uma proposta ao Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de pôr fim à guerra na região de Gaza, mas foi vetada pelos Estados Unidos. Os países que votaram a favor da solução proposta pelo Brasil foram: França, China, Japão, Suíça, Gana, Malta, Gabão, Equador, Albânia, Moçambique e Emirados Árabes.
Integrantes do governo brasileiro lembram que a proposta que entrará em vigor na próxima semana, dia 19 de janeiro, é muito parecida com a oferecida pelo Brasil, principalmente se tratando das pausas humanitárias.
Foto Destaque: Cidade destruída pela guerra e presidente do Brasil Lula (Foto: AFP/Fadel Senna/Andressa Anholete/Embed Getty Images)