Dnipro, cidade localizada no leste da Ucrânia, foi atacada pela Rússia durante a manhã do último domingo (15). Pelo menos 40 pessoas morreram, de acordo com o balanço divulgado pelas autoridades ucranianas.
Bombardeio em prédio localizado em Dnipro (Foto: Reprodução/Yahoo Notícias).
O número de vítimas pode aumentar significativamente, já que há mais pessoas desaparecidas, após o ataque em um prédio residencial, que aconteceu em meio às comemorações do Ano Novo Ortodoxo.
De acordo com Mykola Lukashuk, chefe do conselho regional, além das pessoas que faleceram, outras 73 ficaram feridas no bombardeio. Uma mulher foi resgatada após ficar por horas nos escombros e uma menina de 15 anos estava entre as vítimas fatais, segundo as autoridades.
Um vídeo publicado pelos serviços de emergência ucranianos no Facebook e no Telegram, mostrou equipes de resgate trabalhando entre os escombros. Segundo a Presidência ucraniana, entre 100 e 200 pessoas acabaram desabrigadas e cerca de 1.700 moradores ficaram sem eletricidade ou calefação.
“O inimigo realizou três ataques aéreos e cerca de cinquenta disparos de mísseis no dia”, afirmou o Estado-Maior do Exército ucraniano. Depois dos bombardeios, grande parte das regiões da Ucrânia registraram cortes de energias.
“É possível parar o terror russo? Sim, é possível. Isso pode ser feito de outra forma que não seja no campo de batalha? Infelizmente, não”, disse Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano. Zelensky ainda voltou a pedir aos países ocidentais para que forneçam mais armas.
A diplomacia russa afirmou que o anúncio apenas “intensificará” o conflito, “gerando mais vítimas”, podendo respingar na “população civil”. Os aliados da Ucrânia já entregaram cerca de 300 tanques soviéticos modernizados.
Na linha de frente, Soledar, cidade localizada no leste ucraniano, permanece “sob controle”, de acordo com o governador da região de Donetsk, Pavlo Kirilenko. A cidade é uma das áreas mais quentes do conflito. Para o Instituto de Estudo da Guerra, localizado nos EUA, “é altamente improvável que as forças ucranianas consigam manter posições na mesma cidade de Soledar”. O grupo paramilitar russo “Wagner” reivindicou o controle da cidade.
Quando o Ministério da Defesa russo afirmou ter capturado Soledar, não mencionou Wagner. Mais tarde, o ministério divulgou um comunicado elogiando a “coragem” do grupo. A tomada da cidade ucraniana significaria uma grande vitória militar para Moscou, após os ataque feitos por suas tropas desde setembro.
Foto destaque: Ataque em Dnipro. Reprodução/SBT News.
