Presidente Jair Bolsonaro ataca o Sistema Eleitoral brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal, durante reunião com embaixadores na última segunda-feira (18). Segundo ministros, Bolsonaro ao contrário do que é recomendado pela diplomacia tradicional, decidiu “lavar a roupa suja” em meio a uma reunião com representantes de mais de 70 países. Porém, o presidente não conseguiu o apoio desejado.
Analistas disseram que Bolsonaro pode estar preocupado com resultados das pesquisas de intenção de voto – que aponta o ex-presidente Lula da Silva (PT) em primeiro lugar.
Bolsonaro não encontrou apoio nos importantes parceiros comerciais, que reforçaram a confiança no sistema democrático brasileiro.
A União Europeia que tinha um de seus representantes na reunião não comentou sobre o assunto, mas a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, publicou uma nota reiterando que possuem total confiança nas urnas eletrônicas e ainda destacou que o sistema é modelo para o mundo.
O governo norte-americano também se pronunciou e deixou claro que confia no sistema eleitoral brasileiro, e ressaltou que irá acompanhar as eleições “com grande interesse”.
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse após ser questionado por jornalistas em Washington, que para os Estados Unidos as eleições no Brasil com conduzidas com sucesso há vários anos, e que ele é modelo para muitas nações. Além disso, ele comentou que a grande expectativa é que o processo seja conduzido de forma livre e justa, seguindo seu papel constitucional.
Bolsonaro critica sistema eleitoral em reunião com embaixadores (Vídeo: Reprodução/Youtube)
Fachin dá prazo à Bolsonaro
Nesta quinta-feira (21), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, estabeleceu um prazo de cinco dias, para que o presidente Jair Bolsonaro do (PL) se manifeste sobre sua declaração em reunião com embaixadores.
Os partidos PDT, Rede, PCdoB e PT, entraram com ações pedindo que o YouTube, Bolsonaro e a corte removam de suas respectivas plataformas e redes sociais, os vídeos com as falas do presidente.
Mas, nesta quinta-feira, o YouTube informou que não foram encontradas “violações às políticas de comunidade”, por isso, não irá remover os vídeos da conta do presidente Jair Bolsonaro.
Foto desataque: Presidente Jair Bolsonaro, na reunião com os embaixadores. Reprodução/Clauber Cleber Caetano/Instagram.