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Bolsonaro diz em reunião: “Vou entrar com o meu exército em campo"

Vídeo de uma reunião da alta cúpula do governo em 2022 é encontrado no computador do tenente-coronel Mauro Cid e pode ser prova contra o ex-presidente

08 Fev 2024 - 20h30 | Atualizado em 08 Fev 2024 - 20h30
Bolsonaro diz em reunião: “Vou entrar com o meu exército em campo' Lorena Bueri

A Polícia Federal (PF) encontrou, nesta quinta-feira (8), um vídeo de uma reunião de Jair Bolsonaro com ministros de seu governo no dia cinco de julho de 2022. A reunião foi convocada pelo ex-presidente com o interesse de questionar a segurança das urnas eletrônicas e com “intenções golpistas”. O vídeo foi adquirido pela PF através de um computador apreendido, de Mauro Cid, na casa do ex-chefe da Ajudância de Ordem de Bolsonaro.

Dinâmica Golpista

A transcrição de áudio da reunião aponta, claramente, uma postura negacionista. E aponta também a intenção de criar uma estratégia de golpe no dia oito de janeiro de 2023.

“Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp e outras mídias do Brasil, conversei com eles. Tem acordo ou não tem com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)? Se tem acordo, que acordo é esse que tá passando por cima da Constituição? Eu vou entrar em campo usando o meu exército, meus 23 ministros”, declarou Bolsonaro na reunião.

Durante a reunião, o então presidente, teria ficado preocupado com a possibilidade de perder as eleições para Lula (PT), e disse que era necessário tomar uma providência.

“Nós vamos esperar chegar 23, 24 (eleições), pra se f*? por que que não tomei providência lá trás? E não é providência de força não, c*! Não é dar tiro. Ô Paulo Sergio (ex-ministro da Defesa), vou botar a tropa na rua, tocar fogo aí, metralhar. Não é isso, p*!”, disse o ex-presidente.

Em uma outra fala, fica comprovado que o objetivo da reunião convocada por Bolsonaro era colocar os ministros contra a parede e fazer com que os mesmos propagassem falsas informações.

“Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar ele vai vim falar para mim porque que ele não quer falar. Se apresentar onde eu estou errado, eu topo”, afirmou.

Alexandre de Moraes disse que a reunião “nitidamente revela o arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte”. O ministro do STF afirmou ainda que os integrantes da reunião ajudaram o ex-presidente a propagar mentiras a respeito do então candidato Lula (PT).

Operação da PF

Após o vídeo chegar às mãos das autoridades e com a delação de Cid, o STF autorizou uma operação deflagrada. A operação foi intitulada “Operação Tempus Veritatis”, ou na tradução, Hora da Verdade, que mira uma organização criminosa acusada de tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder. Até agora são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, tendo como alvo principal o ex-presidente.


Imagem da operação "Tempus Veritatis" (reprodução/Polícia Federal/Divulgação)


Nesta quinta-feira (8), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso por porte ilegal de arma, em Brasília. Ele era um dos alvos de busca e apreensão da operação da PF. Além dele, o segurança pessoal e assessores de Bolsonaro também foram presos.

À medida em que o cerco está fechando, a PF, afim de impedir que Bolsonaro fuja do país, apreendeu seu passaporte, um claro recado de que sua prisão pode estar próxima. 

 

Foto destaque: Bolsonaro recebe multa por propagar notícias falsas contra Lula (reprodução/Brenno Carvalho/Agência O Globo).

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