A operação contra a Jihad Islâmica iniciada por Israel esta semana já traz novas tensões na região. Os ataques, que se iniciaram na sexta-feira (05) e tiveram prosseguimento neste sábado (06), estão sendo marcados por diversos bombardeios por parte dos israelenses. O mais recente foi direcionado a quatro casas. Ao todo, essas ações mataram 12 pessoas e feriram outras 84, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.
Uma das residências destruídas foi de Ibrahim Shamalakh, que informou ao jornal Reuters que o exército israelense lhe fez um aviso prévio para que evacuasse a residência antes que fosse tarde. Ibrahim correu para um local seguro. Cumprindo a promessa, Israel primeiramente mandou alguns mísseis menores à residência, e depois bombardeou o local.
“Não sei, somos pessoas seguras, sentadas em nossa casa, não temos relação com nada. Eles ligaram e disseram para evacuar a casa imediatamente, não sei o que aconteceu conosco. De repente aconteceu. Não tenho palavras“, disse Shamalakh à Reuters.
O que aconteceu com Shamalakh se repetiu em outros três lugares e, segundo um hospital, palestino em Gaza, 13 pessoas chegaram feridas. Como resposta, militantes palestinos informaram que foram disparados 160 mísseis sobre a fronteira, alguns sendo em locais próximos da capital Tel Aviv.
Palestinos correndo sobre escombros de uma construção. (Foto: Reprodução/Agência Efe)
Tudo começou na sexta, quando Israel promoveu um ataque aéreo diurno surpresa a um arranha-céu que ficava em Gaza, a agressão foi destinada para assassinar um dos líderes seniores da Jihad Islâmica. A ideia deu certo. Porém, trouxe fim a um período de mais de um ano em que aquela região estava “calma”.
Dos mortos palestinos, o Ministério Público da Palestina informa que ao menos mais quatro militantes da Jihad foram assassinados. No entanto, as ações de Israel também mataram uma criança. A Jihad não informou exatamente e nem detalhou quantas vidas de seus militantes foram tiradas.
Foto destaque: Destroços de uma construção em Gaza. Reprodução/Mahmud Hams/AFP