Nesta segunda-feira (05), uma base militar dos Estados Unidos no Iraque foi alvo de um ataque com foguetes, conforme informações da Associated Press, que cita autoridades da Defesa americana. As fontes informaram à AP que “vários” funcionários da base ficaram feridos, e segundo a Reuters, o número de feridos é de pelo menos cinco.
Tensão crescente no Oriente Médio
A Resistência Islâmica no Iraque reivindicou o ataque e afirmou que continuarão os bombardeios até que os soldados americanos deixem o país. Este grupo terrorista integra o "eixo de resistência" do Oriente Médio, que é apoiado pelo Irã, e realiza ataques contra Israel.
O ataque à base americana, aliada de Israel, ocorre em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio. O Irã prometeu retaliar Israel após a morte dos líderes do Hezbollah e do Hamas, ambos apoiados pelo Irã. Israel e os EUA temem que um ataque iraniano possa desencadear uma nova guerra na região, embora Israel não tenha sido responsável pela morte de Ismail Haniyeh, do Hamas.
Ainda não se sabe o impacto total do ataque à base americana devido às pressões crescentes na área. As autoridades de defesa dos EUA informaram que as tropas da base aérea de Al-Asad estão avaliando os danos e feridos. O ataque foi confirmado pelas autoridades de segurança iraquianas na segunda-feira (05), que falaram sob condição de anonimato sobre as operações militares.
Foto bandeiras dos Estados Unidos e Iraque (Foto: reprodução/Veronaa/Getty Images Embed)
Foguetes e retaliações no Iraque
Na semana passada, os EUA realizaram uma operação no Iraque para atacar militantes que estariam se preparando para lançar drones contra suas forças e a coalizão.
Entre outubro e janeiro, a Resistência Islâmica no Iraque, um grupo guarda-chuva, reivindicou ataques regularmente, alegando que esses atos eram retaliações ao apoio dos EUA a Israel na guerra contra o Hamas em Gaza e visavam expulsar as tropas americanas da região.
Na segunda-feira, dois foguetes Katyusha foram disparados contra a base no oeste do Iraque. Fontes de segurança confirmaram que os foguetes atingiram o alvo. Após uma pausa de vários meses, a milícia iraquiana reforçada pelo Irã retomou os ataques às bases que abrigavam forças americanas no Iraque e na Síria. Esses ataques seguiram uma série de represálias dos EUA após um ataque a uma base na Jordânia no final de janeiro, que resultou na morte de três soldados americanos.
Crescente influência e retaliação Xiita
A partir de outubro de 2023, uma aliança de grupos conhecida como “Movimento de Resistência Islâmica Iraquiana” começou a atacar as forças americanas no Iraque e na Síria. Esses ataques foram uma retaliação ao bombardeio de Gaza por Israel e às operações militares dos EUA no Iraque.
No final de janeiro deste ano, o grupo lançou um ataque com drones na Jordânia, próximo à fronteira com a Síria, resultando na morte de três soldados americanos e ferindo outros 40. A Casa Branca acusou o Irã de estar por trás desse e de outros ataques, embora o governo iraniano tenha negado as acusações.
Após a invasão do Iraque pelos EUA em 2003, grupos xiitas ligados ao Irã ganharam força e formaram um exército com milhares de seguidores. Em 1º de abril, a Resistência Islâmica Iraquiana reivindicou a responsabilidade por um ataque aéreo em Eilat, Israel.
Foto destaque: soldados iranianos em uma base militar (Reprodução/Rock Finder/Getty Images Embed)