Um ataque aéreo atingiu o Hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, nesta terça-feira (17), resultando na trágica morte de centenas de pessoas, de acordo com informações do Ministério da Saúde da Palestina.
O ocorrido gerou uma amarga disputa de responsabilidade entre as autoridades israelenses e palestinas, com ambos os lados apontando dedos acusadores. O governo de Israel, em comunicado oficial, responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque, enquanto as autoridades palestinas atribuíram a Israel o ataque ao hospital.
Pessoas procuram vítimas nos escombros. (Foto: reprodução/Reuters)
Culpa controversa
Autoridades de ambos os lados do conflito israelense-palestino trocaram acusações sobre a autoria do ataque ao hospital. A incerteza sobre quem realmente é culpado pela tragédia aumenta a tensão na região.
Em comunicado, assinado pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o governo israelense declara que “a partir da análise dos sistemas operacionais das IDF, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido”.
“De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”, finaliza o comunicado.
Reações Internacionais
O ataque ao Hospital Ahli Arab recebeu condenações veementes de vários países e organizações em todo o mundo. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com o alto número de vítimas e pediu a proteção imediata dos cidadãos e dos serviços de saúde na região.
A agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) também relatou a morte de seis pessoas em um ataque a uma de suas escolas. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, classificou o ataque como um exemplo dos atos de Israel que, segundo ele, desconsideram os valores humanos fundamentais.
Atendimento as feridos. (Foto: reprodução/Reuters)
Luto e repercussões
O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto pelas vítimas do ataque ao hospital e planejou que as bandeiras fossem apressadas a meio mastro. Enquanto a investigação sobre a tragédia prossegue, protestos espontâneos eclodiram em várias partes da região como Jordânia, Turquia, Marrocos, Tunísia e Síria, aumentando a tensão e as preocupações quanto à escalada do conflito.
Foto destaque: Escombros do hospital. Reprodução/Reuters