Durante a noite de sexta-feira (02), um conflito envolvendo a polícia e participantes de um ato contra o pacote de reformas de Javier Milei, conhecido com a “Lei ônibus”, levou os manifestantes a ações combativas, incluindo a arrancada de pisos da praça, fogo ateado em lixeiras e colchões e confronto com agentes na Argentina.
Patricia Bullrich, a Ministra da Segurança, garantiu identificar e condenar por ações dadas como criminais, os responsáveis pelo ato. Cerca de cinco pessoas já foram detidas.
Três dias de protesto
Em frente ao Congresso, as manifestações ocorreram por três dias de maratona de debates na Câmara de Deputados. O Sindicato da Imprensa de Buenos Aires teria informado que mais de 30 jornalistas foram feridos e hospitalizados.
Javier Milei (Foto/reprodução/Jornal 24 Horas)
Antes do avanço dos manifestantes, no entanto, a polícia teria lançado gás de pimenta contra os participantes do ato. Vale lembrar ainda que, desde os primeiros dias de seu mandato, iniciado em dezembro de 2023, Javoer Milei instituiu um novo protocolo que visa tolerância zero contra manifestações que possam bloquear as vias, garantindo repressão por meio das forças federais.
A "lei ônibus”
Para além da proibição de manifestações no formato, o governo Milei vem impondo privatizações em diversas outras esferas, incluindo na Economia.
Quando ainda em formato de projeto, era conhecido por “Lei de bases e pontos de partida para a liberdade dos argentinos”, e o objetivo seria a promoção de uma iniciativa privada para o desenvolvimento da indústria e do comércio, limitando, no entanto, a abertura estatal aos direitos constitucionais, propondo ainda, a lei da mobilidade da aposentadoria, que teve aprovação em 2020, permitindo ao Poder Executivo, o estabelecimento de uma fórmula de ajuste de prestações com parâmetros de equidade e sustentabilidade na economia, e a privatização de diversas empresas públicas.
Foto destaque: confronto entre policiais e manifestantes na Argentina (Reprodução/O Tempo)