Nesta quinta-feira (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomendou à Casa Civil da Presidência da República a flexibilização das condições de entrada no Brasil para as pessoas que retornam da Ucrânia, em voos de repatriação ou por outros meios.
A Anvisa diz reconhecer o “estado de guerra em curso” na Ucrânia e que nesse cenário “a prioridade máxima deve se voltar ao acolhimento e ao resgate imediato das pessoas provenientes das regiões de conflito”.
De acordo com as informações divulgadas, a Agência prevê que para facilitar o resgate dos viajantes vindos das áreas de conflito será preciso tornar flexível algumas determinações para a entrada no país, como dispensar as exigências de comprovação de vacinação, testagem pré-embarque e preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV).
Anvisa recomenda flexibilizar medidas sanitárias de voos para quem retorna da Ucrânia. (Foto: Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil)
“Medidas de contenção e de mitigação de danos à saúde dos viajantes nessas condições podem ser adotadas, contudo, a compreensão mais ampla é de que as pessoas oriundas da região sejam prontamente acolhidas e resgatadas sem a imposição das restrições sanitárias habituais, visando a manutenção da vida”, afirmou a Agência.
Contudo, a Anvisa aprova que devem ser mantidas as medidas preventivas e de proteção contra o Coronavírus, como:
Para os voos de repatriação – o uso de máscaras, que a tripulação esteja com o esquema vacinal completo contra a Covid-19, a realização de quarentena dos não vacinados no seu destino final, além de, em caso do passageiro apresentar sintomas durante o voo ou teste positivo, que ele seja acomodado o mais distante possível das outras pessoas e que os viajantes sigam as orientações dos órgãos de saúde da localidade de destino.
Para voos convencionais – realização de quarentena pelos não vacinados na cidade de destino final, preenchimento da DSV, quando possível, e uso de máscaras e que os viajantes sigam as orientações dos órgãos de saúde da localidade de destino.
Além disso, também é recomendado que a testagem de detecção do Sars-Cov-2 seja feita sempre que possível mesmo que não sendo obrigatória.
Foto Destaque: Um homem abraça sua filha antes que ela embarque em um trem de evacuação na estação principal de Kiev, capital da Ucrânia. Reprodução/AFP