Mais sete capitais passarão a contar com a faixa 3,5 gigahertz (GHz) do 5G, também conhecida como 5G puro nesta segunda-feira (19). A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou o lançamento em Aracaju, capital de Sergipe, Boa Vista, em Roraima, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Cuiabá, em Mato Grosso, Maceió, em Alagoas, São Luís, no Maranhão e Teresina, no Piauí.
Liderado pela Anatel, a decisão foi aprovada em reunião do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3,5 GHz (Gaispi). Sendo assim, agora 22 capitais terão acesso ao 5G.
Capital do Maranhão, São Luís. (Foto: Reprodução/Prefeitura de São Luís)
Somente cinco capitais da Região Norte ainda não receberam a tecnologia: Porto Velho, capital de Rondônia, Rio Branco, no Acre, Macapá, no Amapá, Manaus, no Amazonas e Belém, no Pará.
O cronograma oficial da Anatel prevê a ativação do 5G puro em todas as capitais até 27 de novembro. (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)
Com base no cronograma oficial da Anatel, a previsão é de que a ativação do 5G puro em todas as capitais aconteça até 27 de novembro. A data, no entanto, poderá ser antecipada caso as operadoras consigam concluir a instalação de antenas e de filtros antes desse prazo, e o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi) autorize a liberação do sinal.
Critérios
Segundo a Anatel, as operadoras que arremataram as licenças nacionais na faixa 3,5 GHz no leilão realizado no fim de 2021, no caso Claro, TIM e Vivo, deverão instalar um número mínimo de antenas 5G em cada capital dos estados aptos a receber a tecnologia. Cada operadora deverá ativar pelo menos oito estações em Aracaju, cinco em Boa Vista, 11 em Campo Grande, oito em Cuiabá, 13 em Maceió, 14 em São Luís e 11 em Teresina.
Nessa etapa, o edital de licitação prevê a ativação de uma antena 5G para cada 100 mil habitantes. O número de estações subirá conforme o avanço da tecnologia. No interior do país, o sinal do 5G puro será gradualmente ativado até o final de 2029, conforme o cronograma da Anatel.
Chamado de standalone ou SA, o 5G puro oferece velocidade dez vezes maior que o 4G já existente, além de menor tempo de atraso na resposta a comandos dos usuários. A tecnologia já é oferecida em outras 15 capitais: Brasília, no Distrito Federal, Belo Horizonte, em Minas Gerais, João Pessoa, na Paraíba, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, São Paulo, Curitiba, no Paraná, Salvador, na Bahia, Goiânia, em Goiás, Rio de Janeiro, Palmas, no Tocantins, Vitória, no Espírito Santo, Florianópolis, em Santa Catarina, Recife, em Pernambuco, Fortaleza, no Ceará e Natal, no Rio Grande do Norte.
Adiamentos
O 5G deveria estar disponível, inicialmente, em todas as capitais até 31 de julho. A Anatel, no entanto, adiou o cronograma por duas vezes, alegando atraso na entrega dos filtros que evitam interferência por parte do 5G em serviços profissionais de satélite. Os gargalos logísticos após a pandemia de Covid-19 e a política de lockdowns do governo chinês adiaram a entrega dos equipamentos, importados na maior parte do país asiático.
O usuário precisa ter um celular habilitado para a nova tecnologia e só assim conseguirá ter acesso à internet móvel do 5G puro. A maioria dos aparelhos mais novos já vêm habilitados com a função. Vale lembrar que as operadoras não estão pedindo a troca de chip. Para conseguir usufruir a tecnologia, também é preciso estar nos bairros cobertos pelo sinal 5G, que inicialmente está funcionando em áreas escolhidas pelas companhias telefônicas.
Sobre a ANATEL
Criada pela Lei 9.472 de 16 de julho de 1997, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é a primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil.
Edificio-sede da Anatel. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
A criação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fez parte do processo de reformulação das telecomunicações brasileiras, que foi iniciado com a promulgação da Emenda Constitucional 8/1995, responsável por eliminar a exclusividade na exploração dos serviços públicos a empresas sob controle acionário estatal, permitindo a privatização e introduzindo o regime de competição. O Estado passava da função de provedor para a de regulador dos serviços.
De acordo com o planejamento estratégico da Anatel, regular o setor de telecomunicações para contribuir com o desenvolvimento do Brasil é a missão da agência para o período de 2015 a 2024.
Segundo o artigo 8º da Lei nº 9.472/1997, a Agência Nacional de Telecomunicações é uma entidade integrante da Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial e vinculada ao Ministério das Comunicações. Sua função é de órgão regulador das telecomunicações. Com sede no Distrito Federal, a Anatel pode estabelecer unidades regionais, caso queira.
Foto destaque: Anatel libera 5G em São Luís e em mais seis capitais nesta segunda-feira (19). Reprodução/Agência Brasil.
